Robert Mugabe foi declarado vencedor das eleições presidenciais no Zimbabwe. Este é um cenário esperado, não obstante a acentuada pressão internacional que exigia o respeito pelos princípios democráticos arredados pelo agora reeleito Robert Mugabe. Confirma-se assim a pouca eficácia da comunidade internacional, designadamente da União Africana. Esta é uma péssima notícia para um país devastado pela visão obscurecida do velho ditador. Nestas circunstâncias, a probabilidade do Zimbabwe se afundar de vez da inviabilidade volta a ser demasiado elevada. Com efeito, os zimbabweanos mantiveram alguma esperança na possibilidade de Mugabe se afastar do poder, em virtude da vitória do seu opositor em Março passado. Mas essa possibilidade foi rapidamente esmorecida pela violência que recaiu sobre apoiantes do MDC e morreu definitivamente com o anúncio de desistência de Morgan Tvsangirai – o líder do MDC. Todavia, é possível vislumbrar alguns sinais de esperança, em particular no aumento da pressã...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.