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A mostrar mensagens de maio, 2016

Um tiro no pé, mais um

Assunção Cristas, líder do CSD-PP, depois de Portas que simplesmente percebeu que actual conjuntura não o comportava, apresenta uma ideia revolucionária: em vez de serem as escolas privadas a serem impedidas de abrir novas turmas, seriam as escolas públicas. É verdade, não se trata de uma notícia do jornal satírico "Inimigo Público", Assunção Cristas disse mesmo o seguinte: "que seja a escola pública impedida de abrir novas turmas. A líder do CDS-PP anda aos papéis - todos já o perceberam. Desde logo, não é fácil substituir o inefável Paulo Portas, e por outro lado o passado do CDS, invariavelmente comprometido com o PSD, não é famoso. Agora é a vez da líder do CDS dar um tiro no pé com uma sugestão incompreensível aos olhos da esmagadora maioria de cidadãos. Mais um. Se as acusações de teimosia ideológica tinham pouca consistência, quando os visados eram os membros do Governo, agora a questão tornou-se ideológica e bacoca, dando-se total primazia ao privado em de

Um Presidente profuso

Marcelo Rebelo de Sousa é um Presidente profuso nas palavras. Incapaz de se manter quieto e longe dos holofotes da comunicação social, Marcelo diz para depois vir clarificar. Foi assim com a brincadeira com o primeiro-ministro, a tal do optimismo ligeiramente irritante; foi assim com a estabilidade e as autárquicas e terá sido assim com a questão dos contratos de associação que dividem colégios e escolas privadas e Governo. A profusão de intervenções de Marcelo redunda invariavelmente numa nova profusão de interpretações que o obrigam a vir, amiúde no dia seguinte, clarificar as suas próprias palavras. Bem sei que existe uma espécie de contentamento generalizado em torno do actual Presidente da República, creio que também por força da actuação do seu antecessor e também não escondo que não escolhi Marcelo para Presidente. Todavia, a presença diária do Presidente, tantas vezes a comentar a actualidade política, transforma-o num comentador que Marcelo Rebelo de Sousa parece não cons

Um hino à estupidez

Não tenho por hábito dedicar o meu tempo à estupidez alheia, mas o mais recente cartaz da JSD permite-me abrir uma excepção. Ora, os meninos da JSD decidiram vestir Mário Nogueira de Estaline e Tiago Brandão Rodrigues de marioneta. No cartaz está também patente uma tentativa pueril de fazer um trocadilho: "isto Stalin(do), está". É evidente que não passou pela cabeça daqueles meninos que a utilização de figuras déspotas como Estaline para ilustrar uma situação que de estalinista nada tem, ofende as vítimas e os familiares das vítimas do ditador em questão. Já nem falo dos visados que, à semelhança de qualquer pessoa com bom sendo, sabe que dar importância à estupidez é reforçá-la. A rapaziada da JSD justificou o cartaz com uma "nacionalização do ensino" em Portugal. Embora apenas se trate da correcção de situações de perfeita injustiça, lesivas do Estado, a rapaziada da JSD segue a estratégia de outros proeminentes membros da direita: distorce a verdade. Na f

As habituais pressões

O regresso das 35 horas é uma medida da mais elementar justiça. Paralelamente, a velha premissa de quantidade versus qualidade esbarra amiúde na realidade. Não é esse o entendimento de Peter Praet, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu, que se manifesta preocupado com a reversão desta medida. Mais um, entre tantos outros, interna como externamente, a procurar exercer pressão sempre no mesmo sentido - no sentido da receita que não produziu nem produzirá os efeitos desejados. Desta feita um que não sabe o que é ser eleito. Por cá, existem outros que se prestam a tristes figuras, desde pivôs de jornais televisivos, passando por políticos/comentadores e culminando nos conhecidos jornalistas/especialistas. Na esfera política, a tarefa ficou nas mãos de uma figura desgastada, isolada e envelhecida (figuradamente), Pedro Passos Coelho. Todos têm como objectivo fragilizar a actual solução política, enquanto encetam novas tentativas de levar o país de regresso ao caminho do e

Estado Social

É por demais evidente que parte dos contratos de associação celebrados com o Estado desafiam qualquer concepção de Estado Social. Havendo oferta pública, não se verifica a necessidade de contratar serviços privados. Elementar? Sim, mas não para todos, isto porque o Estado Social tem muito que se lhe diga e os negócios são sempre os negócios. A intenção do Governo apoiar a escola pública, com medidas justas como a reposição de apoio especializado a crianças com incapacidades permanentes, apoio nos livros escolares e mais apoio para alunos com dificuldades de aprendizagem, é absolutamente essencial e enquadra-se no conceito de Estado Social. Reconheça-se ou não, a sociedade portuguesa apresenta sinais evidentes de egoísmo. Os negócios sobrepõem-se a tudo o resto e um egoísmo mais generalizado ajuda à festa. Talvez por esta razão exista quem não entenda que o Governo está a fazer é da mais elementar justiça. A instrumentalização de crianças diz muito do carácter daqueles que defen

Jornalismo, ou nem por isso

No país em que se procura avidamente o consenso, há um que já se terá instalado: o jornalismo em Portugal (e não só) anda pelas ruas da amargura. Dir-se-á que  internet estará a dar o seu contributo para a crise do jornalismo, o que poderá ser em parte verdade. Todavia, a existência de uma promiscuidade que já não é latente entre jornalistas e poder político seguramente contribui para o agudizar da crise do sector. Vem isto a propósito da notícia da revista Sábado, dando conta de um alegado "crime" cometido pelo ministro da Educação, Tiago Brandão  Rodrigues, sim, o mesmo que está debaixo de fogo por ter posto em causa interesses tão queridos da direita portuguesa. Ora, a revista Sábado acusa o ministro de burlas com bolsa de estudo com base no depoimento de um ex-professor do agora ministro.  Pouco parece interessar que o ministro e a academia em peso tenham refutado as acusações, o mal está feito e terá novo impacto num jornalismo sem crédito, rigor ou isenção. O objec

Pedro Passos Coelho cansa

Escrever sobre Pedro Passos Coelho cansa. O próprio Pedro Passos Coelho cansa. Cansa por todas as razões que têm sido explanadas aqui, mas sobretudo pelo desconforto manifestado no papel de líder do maior partido da oposição, e pelo facto de se tratar de alguém que ainda não percebeu que o seu tempo acabou. Escrever sobre o anterior primeiro-ministro cansa, mas o facto é que Passos Coelho insiste em dar razões para que o teclado continue a debitar palavras sobre uma figura desgastada, em fim de vida política. Isolado, acossado e desgastado, não atira a toalha ao chão, o que seria um virtude se Passos Coelho ainda tivesse alguma coisa para oferecer ao país. Objectivamente não tem. A sua receita falhou, a forma de estar na política, invariavelmente ocupado na tarefa de fechar portas ao invés de procurar o diálogo, esgotou-se. António Costa está a mostrar que é possível fazer muito diferente daquilo que Passos Coelho fez. Parte do PSD continua com Passos Coelho e estará até surgir

As causas da direita

Desprovida de ideias que não brotem da cartilha neoliberal ou assim-assim, a direita portuguesa encontrou nos contratos de associação com escolas privadas uma causa. Infelizmente para a dita direita - PSD de Passos Coelho e CDS de Assunção Cristas (faz de conta) - essa é uma causa que não é partilhada pela maioria dos portugueses que simplesmente não compreendem a duplicação de ofertas e os gastos excessivos do Estado com escolas privadas quando existe oferta pública. Passos Coelho e Cristas poderiam ter escolhido outras causas: a luta contra o desemprego, o combate as desigualdades, por exemplo. Pelo menos podiam fingir que essas eram batalhas a ser travadas. Não, preferiram escolher uma causa que não colhe na opinião da maior parte dos cidadãos. Contrariamente ao que o bom senso ditaria, Passos Coelho, Cristas e coisas similares insistem nesta batalha. As razões começam também elas a ser evidentes: os interesses são muitos e é por esses interesses que a direita luta - interesses

Quando o colectivo anda ausente

Em Portugal vive-se pouco o colectivo, talvez o hermetismo e a consequente asfixia provocada por décadas de autoritarismo, expliquem a pouca vivência dos portugueses no colectivo. A excepção é o futebol. As grandes manifestações de colectivo nascem dos clubes de futebol. Não existe aqui nenhuma crítica implícita, mas apenas a constatação de um facto. A amplificação em torno deste exercício  é fundamentado pela escassez de exercícios onde colectivo prepondere. No futebol, designadamente por altura da consagração de um campeão, assistimos a um sentimento mais forte de união entre aqueles que partilham as mesmas preferências em matéria de clube de futebol. Um sentimento que, infelizmente, anda ausente durante o resto do ano; ausente noutras situações. Há identificação, há a partilha de objectivos, predomina um entendimento ao alcance de todos e existe a consolidação do espírito de pertença, no qual todos parece contarem. Contrariamente a outros domínios onde impera a exclusão e um cre

O Brasil está melhor?

Dilma fora de cena e Michel Temer, que dificilmente seria escolhido pelos Brasileiros, está agora à frente dos destinos do país. O mesmo país que se escandalizou perante a possibilidade de um Lula da Silva, alegadamente corrupto, ministro de Dilma Rousseff, mas que não parece se inquietar com a presença de tanta gente suspeita de corrupção junto de Temer, ele próprio longe de ser impoluto. Não, o Brasil não está melhor e não está melhor pelas razões acima invocadas, mas sobretudo por se encontrar longe de uma democracia consolidada. Dir-se-á que tudo aconteceu num contexto de licitude. Sim, mas nem tudo o que é lícito é honesto e não ouvir a voz do povo, em democracia, não é honesto. No Brasil a democracia - a soberania do povo - foi derrotada. Não se ouve a voz do povo, por razões óbvias: medo. Por muito que o Partido dos Trabalhadores tenha sucumbido a demasiadas tentações e tenha também desvirtuado a fraca estrutura ideológica de esquerda que lhe era inerente, é ainda a única e

Brasil sem Dilma

Como explicar que a Presidente brasileira Dilma Rousseff, sem razão que justifique sequer algum alarido, seja afastada do cargo? É difícil e sobretudo é incompreensível para aqueles que acreditam no poder soberano do povo. O Brasil transformou a sua democracia numa farsa. A direita que pretende chegar ao poder, chegou também à conclusão de que só o conseguiria recorrendo a manobras insidiosas que não passassem pela soberania do povo porque se o povo se pronunciasse, como é norma em democracia, o resultado seria invariavelmente o mesmo: os tais que moveram montanhas para afastar Dilma continuariam arredados do poder. Isso não pode ser, até porque há negócios para fazer. Outra curiosidade da referida farsa prende-se com a palavra corrupção que alguns pretendem associar à Presidente destituída. Na verdade, muitos daqueles que gritaram "sim" em nome de tudo e de mais alguma coisa e aqueles que tudo fizeram para afastar Dilma Rousseff são eles próprios, contrariamente à Presi

Sobrevivência

Sobrevivência. Refiro-me ao anterior primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Sobrevivência e patologia - só assim se explica as acusações infundadas e insidiosas de Passos Coelho e a sua recusa patológica em aceitar que já não é primeiro-ministro. A isto acresce uma espantosa apetência para a mentira, de que é prova o conjunto de declarações acerca da inexistência de suas presenças em inaugurações. Mas é sobretudo de sobrevivência de que se trata. Passos sabe que tem um teste decisivo: as autárquicas. Se porventura as coisas lhe correrem mal, o ainda líder do PSD terá incomensuráveis dificuldades em manter-se à frente do partido. Até lá, nada corre como Passos gostaria. Desde logo, não se sente confortável na pele de líder de um partido da oposição - o azedume é por demais evidente. Paralelamente, a "geringonça" funciona e Passos dá por si agarrado a "causas" que muitos portugueses não compreenderão, e bem, como é o caso dos contratos de associação com escolas

Neoliberal, mas pouco

Passos Coelho até tinha piada - tantas são as contradições - se não fosse o seu carácter exasperante. Então não é o que anterior primeiro-ministro, que andava com os pergaminhos neoliberais debaixo do braço, é agora um acérrimo defensor do papel intervencionista do Estado, pelo menos no que diz respeito às injecções de dinheiro do Estado em colégios privados, mesmo quando existe alternativa pública. Agora sim é preciso Estado, muito Estado. Esqueçam as críticas do passado à subsidio-dependência. Neoliberal, mas só para os outros. De resto, tudo isto é um neoliberalismo aldrabado; um neoliberalismo para os outros - para a generalidade dos portugueses, mas não para uma elite também ela de trazer por casa. Mas entre as demais trapalhadas de Passos Coelho consegue-se vislumbrar alguma coerência. Foi no Governo de Passos Coelho que se aumentou a despesa com os ditos colégios privados, alterando-se as regras já no final da legislatura. Com estas políticas o neoliberal Passos Coelho aument

Pedro e José

O que é que Pedro e José têm em comum? Para além de uma ideologia de pacotilha, mal congeminada e que só se aplica aos outros, Pedro e José têm graves problemas de memória. Mas Pedro e José têm igualmente em comum o facto de serem políticos em fim de linha: um parece querer admiti-lo, o outro, talvez pela inexistência de oportunidades num país que em as mesmas não abundam, insiste em penosos exercícios de prova de vida. Pelo menos até às autárquicas. Pedro e José personificam o pior que há na política: mentem com total descaramento, procurando comprometer pelo caminho outras pessoas - para salvar a pele vale tudo. Pedro e José não sabem ou não querem saber que a política subjuga-se à ética e que os comportamentos reprováveis, sobretudo os pusilânimes que envolvem mentiras para salvar a pele conspurcam a política. Pedro e José também deveriam saber que na era da internet tudo se sabe e nada se esquece. Assim, é escusado ensaiar uma cara séria para afirmar que nunca se fez inaugur

E se o TTIP dependesse de nós?

E se a viabilidade do TTIP (Transantlatic Trade and Investment Partnership) dependesse de nós? Quando digo nós refiro-me aos portugueses. Dito por outras palavras: e se, por mero absurdo, a oposição por parte dos cidadãos ao TTIP estivesse restringida a Portugal? Como seria? A resposta é evidente, desde logo o TTIP era desconhecido até há uns dias atrás e, apesar de alguma visibilidade concedida pela comunicação social escrita, continuará a sê-lo para a esmagadora dos portugueses. Por conseguinte, se a viabilidade do TTIP dependesse da pressão dos cidadãos portugueses, o mesmo teria todas as hipóteses de ser bem-sucedido. Felizmente, o futuro do TTIP depende sobretudo de outros cidadãos europeus que têm vindo a exercer pressão sobre os seus representantes políticos, seja através de manifestações, artigos, troca de informação, coadjuvada por fuga. Agora o TTIP parece não ir no bom caminho. Depois do TTIPLeaks ter ajudado a perceber, com maior detalhe, a gravidade do que estava

Um Trump na corrida para a Casa Branca

A frase ainda causa inquietação, sobretudo agora que Trump é o único candidato republicano. A questão que se coloca é singela: como? O processo de estupidificação, alimentado pela direita americana e promovido pela comunicação social, apresentam o seu resultado: Trump candidato republicano à Casa Branca. Não restem dúvidas que Trump, com o seu discurso primário e verdadeiramente estúpido, é o resultado mais visível desse processo de estupidificação. Sejamos realistas: será possível que cidadãos sequestrados pela ignorância possam fazer escolhas ajuizadas? Ou será que quem segue inanidades, perdão, celebridades, desprovidas de cérebro, podem ser cidadãos de plena consciência? Ou será possível que aqueles que dedicam o seu escasso tempo a reality shows naturalmente vazios, enquanto seguem as ditas inanidades, alheados do mundo e permeáveis a discursos contra políticos e, no caso americano, contra o Estado federal, possam escolher outra coisa que não Donald Trump? Esta ignorância que a

TTIP e o desinteresse

Em Portugal o TTIP (Transantlatic Trade and Investment Partnership) é um perfeito desconhecido. Ou seja, o acordo que visa regular o comércio entre União Europeia e Estados Unidos não merece tempo de antena ou páginas de jornais. Dir-se-á que o secretismo em torno das negociações poderá justificar a inexistência de notícias sobre o assunto. Então e o que dizer das fugas de informação e as subsequentes quezílias entre o negociador-chefe da UE e os deputados europeus? E o que dizer da forma humilhante que rodeia o parco acesso dos deputados eleitos pelos povos europeus aos documentos do TTIP? Nada disto merece destaque na comunicação social portuguesa? Talvez não. Com efeito, entre o desastre gramatical de um treinador de futebol, as inanidades proferidas por alguns políticos, e o próximo campeão nacional de futebol, resta pouco tempo... restam poucas páginas... Seria expectável que a gravidade das alterações que o TTIP implica (do que se conhece) merecesse ainda assim alguma atenção.

Chame-se-lhe outra coisa

Sabemos que a isenção e o rigor andam amiúde afastados do jornalismo, em Portugal, como em boa parte do mundo, mesmo em contextos democráticos onde a concentração dos meios de comunicação social resulta num jornalismo pobre e enviesado. Mas a RTP, designadamente o jornalista José Rodrigues dos Santos, bate todos os recordes de falta de isenção, raiando tantas vezes o ridículo. Já tínhamos assistido a observações menos felizes do jornalista em questão, designadamente a propósito da Grécia - observações revestidas de uma boçalidade gritante -, e agora somos brindados com um jornalista de cabeça perdida com a esquerda "radical" (desta feita a propósito da dívida soberana), perdendo a pujança da voz pelo caminho. O espectáculo para além de deprimente não cabe nem no jornalismo que se quer isento e rigoroso, nem num canal que presta serviço público de informação.  José Rodrigues dos Santos não informa, regurgita raiva de cada vez que fala da solução política que governa o paí

Sem razões para celebrar o 1º de Maio

Passos Coelho afirmou que, ao olhar para os indicadores económicos, não vê razões para celebrar o D ia do T rabalhador. A questão que obviamente se coloca é: quando Passos Coelho era primeiro-ministro e os indicadores económicos esbarravam invariavelmente na pobreza dos trabalhadores, como é que o então primeiro-ministro se sentiria? Haveria então razões para celebrar o 1º de Maio? A resposta é obviamente negativa, o anterior primeiro-ministro não vê razões para celebrar o D ia do T rabalhador porque sempre desprezou os trabalhadores. Passos Coelho não vê razões para celebrar o D ia do T rabalhador porque os trabalhadores são um custo que importa reduzir até aos limites da insignificância; Passos não vê razões para celebrar porque a desvalorização do trabalho não dá espaço para quaisquer sentimentalismos. É um custo e importa baixá-lo. O Governo anterior esmagou os trabalhadores, empobreceu-os, humilhou-os e é por essa razão que Passos Coelho não encontra razões para celebrar o 1

Síria

Apesar das promessas de cessar-fogo e de se estabelecer um caminho de diálogo rumo à paz, a situação na Síria não cessa de se agravar. Desta feita, terá sido um hospital pediátrico o alvo da fúria de uma das partes, numa história apenas com vilões e em que ninguém parece algum dia vir a ser herói. O bombardeamento que destruiu o hospital Al Quds, na cidade de Alepo, resultou na morte de 20 morto, entre eles o único pediatra da cidade. A barbárie é uma constante e a esperança não tem igualmente hipótese de sobreviver num contexto de inferno na terra. Entretanto ninguém parece empenhado na procura de uma solução: os EUA e UE (titubeante, como de costume) preocupam-se mais em agradar à Turquia (com um regime insidioso), ao mesmo tempo que demonstram ter dificuldades em trabalhar com a Rússia; os países do Médio Oriente estão igualmente longe de encontrar e participar numa solução; as opiniões públicas ocidentais ou por andarem distraídas ou por nem sequer se interessarem estão longe