Quem julgava que Robert Mugabe se afastaria em consequência da derrota eleitoral de Março, enganou-se profundamente. Recorde-se que o MDC (Movimento para a Mudança Democrática) ganhou a maioria no Parlamento, e Morgan Tsvangirai venceu a primeira volta das eleições para a presidência do Zimbabwe.
Agora o líder do MDC, principal partido político a fazer oposição a Robert Mugabe e ao partido ZANU, anunciou a sua desistência da segunda volta das eleições presidenciais, tendo mesmo pedido refúgio na embaixada da Holanda. A uma semana das eleições, Tsvangirai invocou a impossibilidade de continuar na corrida devido ao crescendo de violência contra os apoiantes do MDC e contra si próprio. Com efeito, há casos de tortura e de assassinato de membros e apoiantes do partido de Tsvangirai – segundo alguns órgãos de comunicação social, cerca de 80 apoiantes do MDC foram assassinados. O afastamento de Tsvangirai é uma excelente notícia para Mugabe e para o seu séquito de apoiantes.
Toda esta situação decorre da recusa de Robert Mugabe em abandonar o poder. O velho ditador tem os seus apoiantes a fazer o “trabalho sujo” e a procurar aniquilar o MDC. Deste modo, a possibilidade de uma guerra civil não é um cenário tão longínquo quanto isso e são muitos os zimbabweanos a procurarem refúgio nos países vizinhos.
Relembre-se que Robert Mugabe está há décadas no poder e é o grande responsável pelo estado lastimável da economia do país, com taxas de inflação inéditas, com a proliferação do desemprego, da pobreza, e cujos habitantes do país não aspiram a ter uma esperança média de vida digna desse nome. A responsabilidade deste cenário é de Robert Mugabe que governou sempre a seu bel-prazer, com a clara conivência de outros líderes africanos. E se hoje o Presidente da África do Sul parece mais empenhado em demover Mugabe de continuar praticar o terror no Zimbabwe, é porque toda a comunidade internacional e a própria União Africana reconhecem que as eleições foram fraudulentas e que Mugabe não pode continuar à frente dos destinos do Zimbabwe. Deste modo, seria difícil ao Presidente da África do Sul manter a postura da complacência que sempre teve no que toca a esta situação.
Nestas circunstâncias, a comunidade internacional não pode cessar a pressão que tem exercido no sentido de dissuadir Mugabe de persistir num erro que condena o país à pobreza mais extrema e agora com a forte possibilidade das divisões resultarem numa guerra civil. Cabe à União Africana um papel de relevo em todo este processo e cabe a países como a África do Sul e outros países da África Austral acabarem com aquela imagem romântica de Robert Mugabe, o libertador, passando a ver a realidade tal como ela é: o Zimbabwe necessita de um processo eleitoral democrático e transparente, e Robert Mugabe, o facínora, não pode continuar a sentir um apego desmedido ao poder.
Assim, é também responsabilidade da comunidade internacional intensificar esforços no sentido de garantir que o líder da oposição, que saiu vencedor das eleições, não desista, deitando por terra a ténue possibilidade do Zimbabwe encontrar o caminho da estabilidade e da prosperidade.
Agora o líder do MDC, principal partido político a fazer oposição a Robert Mugabe e ao partido ZANU, anunciou a sua desistência da segunda volta das eleições presidenciais, tendo mesmo pedido refúgio na embaixada da Holanda. A uma semana das eleições, Tsvangirai invocou a impossibilidade de continuar na corrida devido ao crescendo de violência contra os apoiantes do MDC e contra si próprio. Com efeito, há casos de tortura e de assassinato de membros e apoiantes do partido de Tsvangirai – segundo alguns órgãos de comunicação social, cerca de 80 apoiantes do MDC foram assassinados. O afastamento de Tsvangirai é uma excelente notícia para Mugabe e para o seu séquito de apoiantes.
Toda esta situação decorre da recusa de Robert Mugabe em abandonar o poder. O velho ditador tem os seus apoiantes a fazer o “trabalho sujo” e a procurar aniquilar o MDC. Deste modo, a possibilidade de uma guerra civil não é um cenário tão longínquo quanto isso e são muitos os zimbabweanos a procurarem refúgio nos países vizinhos.
Relembre-se que Robert Mugabe está há décadas no poder e é o grande responsável pelo estado lastimável da economia do país, com taxas de inflação inéditas, com a proliferação do desemprego, da pobreza, e cujos habitantes do país não aspiram a ter uma esperança média de vida digna desse nome. A responsabilidade deste cenário é de Robert Mugabe que governou sempre a seu bel-prazer, com a clara conivência de outros líderes africanos. E se hoje o Presidente da África do Sul parece mais empenhado em demover Mugabe de continuar praticar o terror no Zimbabwe, é porque toda a comunidade internacional e a própria União Africana reconhecem que as eleições foram fraudulentas e que Mugabe não pode continuar à frente dos destinos do Zimbabwe. Deste modo, seria difícil ao Presidente da África do Sul manter a postura da complacência que sempre teve no que toca a esta situação.
Nestas circunstâncias, a comunidade internacional não pode cessar a pressão que tem exercido no sentido de dissuadir Mugabe de persistir num erro que condena o país à pobreza mais extrema e agora com a forte possibilidade das divisões resultarem numa guerra civil. Cabe à União Africana um papel de relevo em todo este processo e cabe a países como a África do Sul e outros países da África Austral acabarem com aquela imagem romântica de Robert Mugabe, o libertador, passando a ver a realidade tal como ela é: o Zimbabwe necessita de um processo eleitoral democrático e transparente, e Robert Mugabe, o facínora, não pode continuar a sentir um apego desmedido ao poder.
Assim, é também responsabilidade da comunidade internacional intensificar esforços no sentido de garantir que o líder da oposição, que saiu vencedor das eleições, não desista, deitando por terra a ténue possibilidade do Zimbabwe encontrar o caminho da estabilidade e da prosperidade.
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