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A mostrar mensagens de fevereiro, 2020

A culpa é da Joacine

Domingo foi um dia mau para quem tem apregoado que não existe racismo em Portugal. Depois de um abjecto ataque racista, Marega, jogador do Futebol Clube do Porto, abandonou o relvado, corajosamente.  André Ventura, deputado eleito pelo Chega, avançou que a culpa de tudo isto é da também deputada Joacine Katar Moreira. Não faltará muito para Ventura responsabilizar Joacine pelo conflito israelo-palestiniano ou pelo difícil tratamento de algumas micoses. Já era tempo de responsabilizar Joacine pelos grandes males que assolam este nosso mundo. Afinal de contas é tudo por conta do síndrome Joacine. André Ventura, deputado/comentador/adepto de futebol diz as maiores asneiras imagináveis, asneiras essas que coincidem com aquelas que abundam na mente de alguns de nós. Mais: legitimado pelo cargo de deputado, e independentemente de já ter sido apanhado a destilar as maiores patranhas de que há memória, até parece uma pessoa séria. Mas até isso é bem capaz de ser culpa de Joacine. O certo

Direitos e referendo

CDS e Chega defendem a realização de um referendo para decidir a eutanásia, numa manobra táctica, estes partidos procuram, através da consulta directa, aquilo que, por constar nos programas de quase todos os partidos, acabará por ser uma realidade. O referendo a direitos, sobretudo quando existe uma maioria de partidos a defender uma determinada medida, só faz sentido se for olhada sob o prisma da táctica do desespero. Não admira pois que a própria Igreja, muito presa ao seu ideário medieval, seja ela própria apologista da ideia de um referendo. É que desta feita, e através de uma gestão eficaz do medo e da desinformação, pode ser que se chumbe aquilo que está na calha de vir a ser uma realidade. Para além das diferenças entre os vários partidos, a verdade é que parece existir terreno comum entre PS, BE, PSD (com dúvidas) PAN,IL e Joacine Katar Moreira sobre legislar sobre esta matéria. A ideia do referendo serve apenas a estratégia daqueles que, em minoria, apercebendo-se da su

Votar ao lado dos fascistas

A questão em epígrafe coloca-se agora que existe um partido fascista com assento parlamentar, e agora que partidos como o Bloco de Esquerda não percebem que votar propostas desses partidos é passar uma linha vermelha, por muito interessante que a proposta apresentada aparente ser . Aconteceu numa das votações do Orçamento de Estado e Bloco caiu na asneira de ver apenas a medida ignorando o enorme elefante na sala. Ao votar-se numa proposta do Chega está-se, mesmo que inadvertidamente, a reforçar a importância de um partido cujo líder e deputado, há escassos dias, convidou outra deputada a voltar para a sua terra, entre um chorrilho de ideias, frases e gestos fascistas. Não adiantará depois acusar esse mesmo partido de "não ter gente séria", quando antes se votou numa das suas propostas. Tudo isto é novo. É um facto. Pelo menos na História recente do país. O aparecimento de partidos de génese fascista causa naturalmente apreensão, hesitações e até confusão. Espera-se as