A entrevista a Hugo Chávez, no programa da RTP1 “Conversas de Mário Soares”, foi marcada pelo quase monólogo do Presidente venezuelano e pela chuva de elogios de Mário Soares a Chávez. Mário Soares coloca vários epítetos ao Presidente venezuelano que vão desde o “amigo dos pobres e desfavorecidos” culminando noutros elogios da mesma índole.
A entrevista parece não ter tido sido alvo de grande visibilidade dos meios de comunicação social, talvez porque se tratou de uma entrevista marcada pelo habitual “one man show” protagonizado, claro está, por Hugo Chávez, não muito diferente daquilo que se pode ver no seu programa num canal venezuelano de televisão.
A entrevista foi também marcada pelas habituais críticas de Chávez ao sistema capitalista e pelos anátemas do costume lançados ao Presidente americano. Chávez também não se coibiu de fazer a apologia da liberdade, esquecendo-se de episódios polémicos, designadamente relacionados com o encerramento compulsivo de uma estação de TV venezuelana que se caracterizava precisamente por fazer críticas sistemáticas ao Presidente venezuelano.
Ficou-se, no entanto, por perceber o que vai Chávez fazer quando Bush abandonar o cargo de Presidente dos Estados Unidos. Ou dito de outro modo, quem vai ser o alvo de reiterada chacota no seu programa de televisão. Mário Soares ainda referiu ter preferência por uma vitória de Barack Obama nas eleições americanas, mas Chávez preferiu não aflorar a questão.
Têm surgido críticas ao serviço público de televisão por ter um programa cujo convidado é considerado um “ditador”. A palavra escolhida para designar o Presidente venezuelano parece-me excessiva – é possível falar-se de coarctações de algumas liberdades, do recurso a um nacionalismo populista e até de tentativas de extensão de poderes como forma de caracterizar este seguidor de Simon Bolívar. Ora, é verdade que Chávez tem uma visão muito peculiar de liberdade e de democracia, mas o termo “ditador” talvez seja excessivo. Por outro lado, o serviço público de televisão também deve estar vocacionado para mostrar outros pontos de vista, com os quais muitos de nós poderão eventualmente discordar, mas ainda assim, a crítica teria maior força se, de facto, se tratasse de um ditador facínora, ao estilo de, por exemplo, Robert Mugabe.
A crítica impõe-se à entrevista propriamente dita que não primou pela participação mais contundente de Mário Soares que se limitou a entrevistar o seu amigo Hugo Chávez, deixando este discorrer sobre os assuntos do costume. A polémica entrevista não passou, afinal, de um pobre momento de televisão.
A entrevista parece não ter tido sido alvo de grande visibilidade dos meios de comunicação social, talvez porque se tratou de uma entrevista marcada pelo habitual “one man show” protagonizado, claro está, por Hugo Chávez, não muito diferente daquilo que se pode ver no seu programa num canal venezuelano de televisão.
A entrevista foi também marcada pelas habituais críticas de Chávez ao sistema capitalista e pelos anátemas do costume lançados ao Presidente americano. Chávez também não se coibiu de fazer a apologia da liberdade, esquecendo-se de episódios polémicos, designadamente relacionados com o encerramento compulsivo de uma estação de TV venezuelana que se caracterizava precisamente por fazer críticas sistemáticas ao Presidente venezuelano.
Ficou-se, no entanto, por perceber o que vai Chávez fazer quando Bush abandonar o cargo de Presidente dos Estados Unidos. Ou dito de outro modo, quem vai ser o alvo de reiterada chacota no seu programa de televisão. Mário Soares ainda referiu ter preferência por uma vitória de Barack Obama nas eleições americanas, mas Chávez preferiu não aflorar a questão.
Têm surgido críticas ao serviço público de televisão por ter um programa cujo convidado é considerado um “ditador”. A palavra escolhida para designar o Presidente venezuelano parece-me excessiva – é possível falar-se de coarctações de algumas liberdades, do recurso a um nacionalismo populista e até de tentativas de extensão de poderes como forma de caracterizar este seguidor de Simon Bolívar. Ora, é verdade que Chávez tem uma visão muito peculiar de liberdade e de democracia, mas o termo “ditador” talvez seja excessivo. Por outro lado, o serviço público de televisão também deve estar vocacionado para mostrar outros pontos de vista, com os quais muitos de nós poderão eventualmente discordar, mas ainda assim, a crítica teria maior força se, de facto, se tratasse de um ditador facínora, ao estilo de, por exemplo, Robert Mugabe.
A crítica impõe-se à entrevista propriamente dita que não primou pela participação mais contundente de Mário Soares que se limitou a entrevistar o seu amigo Hugo Chávez, deixando este discorrer sobre os assuntos do costume. A polémica entrevista não passou, afinal, de um pobre momento de televisão.
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