Depois de se ter dedicado ao desenvolvimento de exercícios de superioridade e subsequente humilhação, a mesma Alemanha liderada por Angela Merkel pede agora consensos entre os vários Estados-membros da UE, designadamente sobre imigração e moeda única. Depois de se ter dedicado a esses referidos exercícios, Merkel muda o disco e pede que entre Estados-membros, alguns dos quais com uma orientação política fascista e xenófoba, cheguem a entendimentos, depois da própria Alemanha, orientada por Merkel e pelo seu inefável ministro das Finanças Shau ble, ter dado o maior contributo na História da UE para esfrangalhar a UE. De resto, importa não separar essa postura alemã, que resultou num claro enfraquecimento do projecto europeu, da deriva extremista que está a tomar conta de alguns países europeus. A forma como se lidou com a questão grega foi o prenúncio da divisão. Vir agora pedir união cheira a lata desmesurada.
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.