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A mostrar mensagens de fevereiro, 2017

Claustrofobia democrática

Em nada serve à democracia cair-se em exageros. PSD e CDS, arredados que andam do poder, caem amiúde neste erro de exagerar e colocar em causa o bom funcionamento do Parlamento e da democracia. É claro que o desespero leva-nos invariavelmente ao exagero.  A questão das sms e a importância desmedida dada às mesmas continua na agenda dos partidos que outrora, e em má hora, governaram este país. Ora, a azia, perdão, claustrofobia democrática de que fala Luís Montenegro, líder da bancada parlamentar do PSD, pode muito estar relacionada com o facto de se utilizarem comissões de inquérito para fins para as quais as mesmas não foram criadas. Na verdade, PSD e CDS pretenderam dar outro fim à comissão de inquérito, cuja finalidade nada tinha a ver com a troca de correspondência ou sms entre o ministro das Finanças e ex-Presidente da Caixa Geral de Depósitos. Tudo culminou com a demissão do Presidente da mesma comissão de inquérito, também ele ilustre membro do PSD. Agora, pretende-se utili

PSD e o fim de uma liderança

É arriscado afirmar o fim de uma liderança política e, como todo o exercício de futurologia, este pode muito bem cair em saco roto. Mas os sinais de tibieza da ainda liderança do PSD são mais do que evidentes. E mais: os sinais de desespero de Passos Coelho e dos seus acólitos revelam-se a cada dia que passa. Tudo começou com o inesperado entendimento das esquerdas e a incapacidade da direita congeminar alianças com o PS. Em rigor, Passos Coelho nunca recuperou verdadeiramente do facto de ter vencido as eleições, mas, por culpa própria, não ter sido capaz de formar maioria. Depois esperou-se ansiosamente pela chegada do Diabo, tomasse ele a forma das instituições europeias, ou de um hipotético desaire da economia portuguesa ou ainda de um desentendimento entre as esquerdas. O Diabo não chegou e o Presidente da República agiu mais vezes como anjo da guarda do Governo do que eventualmente se esperaria - tudo em nome da estabilidade, claro está. Mais recentemente, Passos Coelho viu

Trump e o seu estilo de vida

Depois de um mês trágico para a democracia americana, sabe-se agora que os passeios de Trump já custaram mais do que Obama gastou durante todo um ano, ou seja mais de 10 milhões de dólares. Trata-se de dinheiro gasto em três fins-de-semana mais os custos associados à segurança. Fala-se de um estilo de vida "inusitadamente elaborado". Dir-se-ia que a democracia tem custos, mas nem esses custos podem ser tão elevados (um mês desde a tomada de posse), nem Trump faz o que quer que seja pela democracia, bem pelo contrário. Entre alguns dos detalhes deliciosos foi conhecida a despesa do Estado de Nova Iorque para proteger a Trump Tower (onde vive a primeira-dama e um filho): 500 mil dólares por dia. Haverá sempre quem considere esta notícia mais um ataque à Administração Trump e, por cá, também existem os que consideram que Trump é uma vítima da comunicação social, do poder económico, do poder político, do "establishment". Os ataques à democracia, os ataques aos dire

10 mil milhões

Entre 2011 e 2014 o país conheceu uma formidável fuga de capitais com destino a offshores: 10 mil milhões comunicados pelas instituições financeiras, mas que contaram com um conveniente fechar de olhos das Finanças. Importa lembrar que todos os anos os bancos prestam informações sobre transferências de dinheiro ao fisco, mas por alguma razão que importa agora deslindar, essas transferências contaram com o desprezo das Finanças, ao contrário do que dita a lei. As "omissões" foram detectadas pelo Ministério das Finanças entre finais de 2015 e princípio de 2016. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, pretende que se apure o que se passou. Recorde-se também que estes foram os anos de austeridade imposta por Passos Coelho que trocou, temporariamente, essa sua estranha obsessão pelas famigeradas SMS trocadas entre o actual ministro das Finanças e o ex- Administrador da Caixa Geral de Depósitos. Passos Coelho e os seus ministros das Finanças, enquanto pedia

Será a destituição uma miragem?

A presidência americana transformou-se numa farsa, amiúde com contornos trágico-cómicos. Exemplos não faltam, a um ritmo diário. Todavia, existem razões para equacionar a possibilidade de destituição do Presidente americano, até porque o mesmo já terá violado por inúmeras vezes a constituição americana. Segundo Robert Reich, Trump fê-lo quando baniu sete países (de maioria muçulmana), abrindo a excepção a cristãos, violando a 1ª Emenda que versa sobre o livre exercício religioso. Voltou a fazê-lo quando elegeu a comunicação social como o principal inimigo do povo, violando novamente a 1ª Emenda. Não satisfeito, desferiu novo ataque, desta feita sobre a 14ª Emenda, ao incitar à violência contra americanos de origem mexicana, de origem muçulmana ou de origem Africana. E muito provavelmente terá violado o artigo III, cláusula 3.ª - traição contra os EUA, ao ter conhecimento ou até mesmo ao ter participado nas investidas russas para o eleger.  Entretanto, o Comité dos Serviços Secre

Instabilidade na Era Trump

A eleição de Trump e sobretudo a sua tomada de posse têm tido consequências inusitadas. Um bom exemplo é o facto de vários psiquiatras e psicólogos terem vindo a terreiro falar da mais alta figura da nação - numa iniciativa sem precedentes. Aqueles que não se coíbem de alertar para a instabilidade do novo Presidente americano afirmam que este é um megalómano, com tendência para distorcer a realidade, manifestando invariavelmente uma rejeição absoluta de opiniões que divergem da sua e que desencadeiam reacções de raiva, desprovido de qualquer empatia. Tudo isto se agrava com os exercícios de poder. Em suma, trata-se de alguém que não reúne as condições necessárias para ser Presidente. Na verdade, tudo o que é dito por psiquiatras e psicólogos é demasiado evidente para nos ter escapado. Em pouco menos de um mês, o mundo já assistiu à manifestação de exercícios e megalomania, distorção da realidade, reacções de raiva, incapacidade de empatia, tudo misturado com um também assustado

Como dar cabo de mais um banco e ainda assim fazer-se de vítima em três lições

Sobre a frase em epígrafe importa olhar para o PSD. Depois de ter sido Governo, depois defender a privatização da Caixa Geral de Depósitos, ao mesmo tempo que ignorava os problemas e necessidades do banco, Passos Coelho e os seus acólitos vestem o papel de ofendidos e de vítimas. Como? Fácil: atiram tudo o que podem ao ministro das Finanças que subitamente cometeu o mais grave dos crimes, como se todos estes ofendidos e vítimas fossem, de alguma forma impolutos. Vamos ao que interessa: como dar cabo de mais um banco e ainda assim vestir o papel de vítima: Primeira lição: não ter pudor, ao invés, manifestar a incrível capacidade de ter a maior lata do mundo, ignorando os problemas do banco público e centrando todas as atenções no Ministro que tem conseguido fazer aquilo que competia ao PSD, corrigir aquilo que herdou do anterior Governo – garantir a liquidez e viabilidade do mais importante banco do sector financeiro português. Ao mesmo tempo que se aproveita a oportunidade para e

Traição

Confesso que era minha intenção escrever sobre a oposição PSD/CDS, designadamente a postura da oposição relativamente à questão de Centeno e da CGD. Todavia, tudo se resume a três ou quarto adjectivos para caracterizar essa postura e a própria oposição e, por outro lado, existem assuntos mais prementes e relevantes. Voltamos assim à Administração Trump e às suas relações insidiosas com a Rússia. Por um lado a demissão de Michael Flynn, Conselheiro Sénior para a Segurança Nacional, depois de este ter mantido conversas ao telefone com o embaixador russo sobre alegadas informações que não foram convenientemente prestadas acerca de sanções à Rússia - uma história mal contada que envolve novamente a Rússia. Flynn terá alegadamente falado na reversão de sanções e da expulsão de 35 diplomatas russos decididas por Obama em consequência da ingerência russa nas campanha para as eleições presidenciais.   Agora o New York Times avança a notícia dando conta de que os serviços secretos de inf

A culpa será do sistema judicial

Quando Trump afirma que se algo acontecer no país (leia-se um ataque terrorista) a culpa será do sistema de justiça, está para além de tentar encostar esse sistema à parede, está a limpar a sua administração da responsabilidade na criação de condições para que esse atentado efectivamente aconteça. Imagine-se o que seria e como esta Administração reagiria na eventualidade de um ataque terrorista acontecer em solo americano. Trump seria o primeiro a reforçar a culpa do sistema de justiça e auto-excluir-se de qualquer responsabilidade. A tudo isto acresce que a taxa de popularidade de Trump muito provavelmente subiria em flecha. Recorde-se o que aconteceu com a Administração Bush com a subida incomensurável da sua popularidade. Dito por outras palavras, Trump, que conta com baixas taxas de popularidade e com uma forte oposição sobretudo da sociedade civil americana, ficaria numa situação mais favorável caso uma desgraça de natureza terrorista acontecesse, designadamente se por detrás

Amnésia

Ultimamente tem sido difícil voltar a Portugal, tendo em conta os acontecimentos no outro lado do oceano. Ainda assim torna-se imperioso o regresso para chamar a atenção para o estado de saúde do líder do maior partido da oposição: Pedro Passos Coelho. Pedro tem-se mostrado obcecado com o ministro das Finanças Mário Centeno e com a mentira, naquilo que podemos considerar um estranho surto de princípios éticos. Ora Passos Coelho, nesse sua obsessão pelo ministro já por si pouco saudável, tem revelado também uma amnésia inquietante, sobretudo quando chama a atenção para a mentira de Centeno, mas esquece-se dos seus ministros e de si próprio. E se dúvidas existem quanto à amnésia do anterior primeiro-ministro, lembre-se Miguel Relvas, ou o agora famoso, aos olhos da justiça, Miguel Macedo, ou até Maria Luís Albuquerque e os seus swaps. E se dúvidas existem quanto ao estado da memória de Passos Coelho, lembre-se o seu esquecimento relativamente a anos de contribuições para a Segurança S

EUA: entre a perda da hegemonia e mais indisfarçável decadência

China e Rússia têm sido países – potências emergentes – que procuram e conquistam o seu espaço, sobretudo agora, com os claros sinais de enfraquecimento da nova Administração americana. Curiosamente, a nova Administração de Donald Trump fez toda uma campanha e mantém a ideia de que será a Administração que fará a América “grande outra vez”, quando na verdade, Trump e os seus acólitos são precisamente os mais evidentes sinais de decadência que resultará na perda de hegemonia da maior potência mundial. De facto, os EUA circulam em sentido contrário a China e Rússia. EUA que conheceram o seu período áureo depois da II Guerra Mundial, mas que nos últimos anos têm passado por uma espiral descendente. A nova Administração dá claros sinais de aprofundar esse declínio num misto de amadorismo e de extremismo, com figuras que raiam o patético, hostilizando países pouco propensos a conflitos militares, como o caso da China, mas que reagirá, militarmente, a ingerências e provocações. Em s

"Justiça politizada"

Com Donald Trump à frente dos destinos dos EUA existe um perigo que salta à vista - o perigo da normalização; o perigo que é inerente à banalização do que deve ser considerado inaceitável. Na verdade, não há dia em que Trump ou os seus acólitos não sugiram ou apliquem medidas não consonantes com uma democracia que se julgava (?) consolidada. Para além de sugerirem ou aplicarem essas medidas que têm esbarrado na justiça - para já -, Trump e os seus apaniguados atacam e não respeitam a separação de poderes indissociável do Estado democrático. O último ataque foi desferido por Trump quando este acusa a justiça de ser politizada. Isto porque os  estados de Washington e do Minnesota   interpuseram uma acção judicial e porque os órgãos de justiça agiram,   não seguindo cegamente   as políticas bacocas desta Administração. E naquela linguagem   pobre, Trump colocou ainda a culpa na justiça, isto se existir um ataque terrorista. Em rigor, nada disto surpreende. Já no passado recente Donal

Relatório: "Matadouro Humano : Enforcamentos e Extermínio em Massa na Prisão de Saydnaya, Síria"

  A Amnistia Internacional denuncia 13 mil execuções sumárias na prisão de Saydnaya, na Síria, através de enforcamento, sobretudo de civis. 13 mil em quatro anos. Segundo esta organização não-governamental, "entre 2011 e 2015, todas as semanas e muitas vezes duas vezes por semana, grupos de até 50 pessoas eram levadas das suas celas e enforcadas". A organização acrescenta que "antes de serem enforcadas, as vítimas passam por um procedimento superficial de um a dois minutos, num chamado Tribunal Militar de campanha" e que " os presos condenados são levados a meio da noite - sob o pretexto de serem transferidos para uma prisão civil e só têm conhecimento do que lhes vai acontecer quando já têm a corda ao pescoço". Para além de se tratarem de processos sumários e muito à revelia dos direitos humanos, estes procedimentos remetem-nos para regimes como o regime nazi, com presos a serem levados,sob falsos pretextos, para a morte. Mais uma pista quanto à na

Torcer para que tudo corra mal

Embora a actualidade internacional, nos dias que correm, acarrete um peso incomensurável, importa regressar a Portugal. E para dizer o quê? O óbvio: anda muita gente a torcer para que tudo corra mal - muita gente numa comunicação social agarrada aos interesses económicos e descredibilizada; muita gente dos partidos da oposição que, desprovidos de ideias, agarram-se também eles à ténue possibilidade do desgaste e eventual fim da solução política de esquerda. O vazio de ideias é assim preenchido com azedume ou com a mais abjecta hipocrisia - Assunção Cristas, por exemplo, afirma agora que austeridade e os cortes foram longe de mais e que é necessário apoiar os serviços de saúde. Demagogia? Sim, em larga medida. Hipocrisia? Sem margem para dúvidas. Para além das críticas hipócritas e do azedume, pouco resta para além da esperança de que tudo acabe mesmo por correr mal, nem que essa eventualidade acarrete custos incomensuráveis para o país. De resto, o país nunca foi a principal preoc

Le Pen

Marine Le Pen oficializou a campanha na cidade de Lyon, apresentando 144 medidas para as eleições de Abril. E como esta é uma candidatura que se pode transformar em cargo presidencial, o que colocará em causa a própria UE, vale a pena rever algumas das medidas propostas: - Regresso ao Franco; - Restrições à imigração; - Expulsão de estrangeiros sob suspeita; - Saída de França do espaço Schengen; - Retirada da bandeira da UE de todos os espaços públicos; - Deixar o comando integrado da NATO; - Reforço policial; - Prisão perpétua para os crimes mais graves; Até há escassos dias atrás considerar-se-ia que a eleição de Le Pen seria difícil, no entanto, o candidato da direita mais convencional – François Fillon – viu-se envolvido num escândalo judicial que coloca em causa a sua candidatura. Quanto à esquerda, fragmentação é a palavra de ordem. Por outro lado, há quem apregoe que a eleição de Donald Trump poderia ser só por si razão suficiente para desviar o voto de Mari

A resposta da Europa

A escassas semanas depois da tomada de posse de Donald Trump e depois de se confirmar o pior da nova Administração americana, aguarda-se a resposta da Europa que, a julgar pelos primeiros sinais, parece ter a intenção de não esperar mais para ver. Na sequência do Brexit e da eleição de Donald Trump, para além das hipotéticas vitórias de Marine Le Pen, em França, e outras possíveis viragens do género, muito olham para Angela Merkel como sendo a salvadora da democracia liberal. Ora, se a resposta da Europa está dependente desta “salvadora da democracia”, estamos em maus lençóis. Desde logo, o messianismo, em política, não traz bons resultados; depois, a Europa precisa de união, de políticas comuns, de coesão social, e de uma força que não tem existido na união. Ora, é precisamente na questão da união que o contributo de Merkel e do seu inefável ministro das Finanças deram o pior dos resultados. Depois de anos a humilhar e a subjugar membros da UE (o caso da Grécia toca o abjecto), c

Steve Bannon e a guerra

Muitos ressalvam o papel central de Steve Bannon na nova Administração americana, alguns vão mais longe e consideram que esta figura sinistra será mesmo o cérebro da Administração. Sim, trata-se da mesma pessoa que tem um site de extrema-direita, manda calar jornalistas e falou, convictamente, na inevitabilidade da guerra, com a China e no Médio Oriente. Sim, trata-se da mesma pessoa que afirmou querer "destruir o Estado", à semelhança de Lenine - "Bring everything crashing down , and destroy all of today's establishment". E alguém obcecado com a guerra. Recorde-se que, no caso da China, estão em causa estão 4 km de terra artificial localizada no mar da China, zona que é disputada pelo própria China, Taiwan, Filipinas e Vietname. A China considera a zona parte do seu território e que se trata de um conjunto de ilhas cuja utilização é meramente civil, contrariamente a informações do pentágono que indicam que as ilhas têm uma finalidade militar. .A guerra. Tal

Agora é que tudo poderá correr mal

O mundo modifica-se a um ritmo estonteante, sobretudo com a tomada de posse de Donald Trump. Aquilo que conhecíamos como sendo alianças, acordos e entendimentos deixarão rapidamente de o ser. Mesmo no seio da NATO, países como a Turquia não escondem a proximidade com a Rússia, proximidade que, paradoxalmente, saiu reforçada com o assassinato do embaixador russo na Turquia. Agora os EUA com Trump que não esconde a sua simpatia relativamente a Putin que, por sua vez, rejeita qualquer hipótese de ter dado uma mãozinha a Trump para que este fosse eleito. Putin e Trump serão bons amigos até porque têm em comum um amor inexorável pelo petróleo, não foi por mero acaso que Trump escolheu um homem condecorado pelos russos: Rex Tillerson. Entretanto, Obama tinha reforçado a presença militar em países como a Polónia, não descurando os Balcãs, enquanto a Rússia vende caças MIG 29 à Sérvia mostrando a franca proximidade entre os dois países. Ora, se a Rússia entendesse que podia alargar a su

Terceira fase: saneamentos

Primeiro foram os jornalistas. Depois os imigrantes e os refugiados e agora membros de topo da justiça americana. Depois do infame decreto com o objectivo de impedir a entrada de refugiados e imigrantes originários de alguns países de maioria muçulmana, Donald Trump inicia uma terceira fase que vem na sequência da primeira. Tudo em pouco mais de uma semana. E tudo envolto num nacionalismo exacerbado e exasperante. Num primeiro momento avisa o povo que a comunicação social é inimiga e só existe para destronar o Presidente eleito. Pelo caminho manda-se calar essa mesma comunicação social. Logo depois cerceia-se um conjunto de liberdades ao mesmo tempo que se hostiliza o inimigo - no caso refugiados e imigrantes. Em seguida, procede-se à limpeza, afastando dos cargos quem constituiu obstáculo à prossecução dos objectivos da primeira fase.  Sally Yates ficará na História por ter sido demitida - saneada - horas depois de ter ordenado ao Departamento de Estado para não fazer qualquer