A frase é de Cristina Espírito Santo, da mesma família que se pendurou no Estado há largas décadas. Por ocasião das suas férias na sua herdade da comporta referiu que estar por lá é como brincar aos "pobrezinhos". Esta é uma daquelas afirmações que dispensaria comentários, desde logo porque de algumas mentes não se pode esperar pensamentos muito elaborados. Todavia, a afirmação é particularmente ofensiva para muitos portugueses que não podem brincar aos "riquinhos" e que lutam diariamente para sobreviver. Por outro lado, qualquer tentativa de análise deste género de pensamento é um exercício penoso: não vale a pena empreender esforços no sentido de procurar o que não existe. E por aqui me deixo ficar. De resto, os três minutos que levei para elaborar este texto sobre o assunto em epígrafe já foi tempo desperdiçado.
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.