As perdas potenciais dos swaps sofreram novo agravamento e os cancelamentos não representam uma poupança real no valor que tinha sido anunciado. É evidente que a ministra das Finanças, a mesma a quem foi colocado o epíteto de especialista, tem todas as condições para chamar para si este assunto. Os resultados estão à vista. Os contratos swap, as parcerias público-privadas, rendas na área da energia, as isenções fiscais, a injecção de dinheiro na banca e outras negociatas são nefastas para a generalidade dos portugueses e estão ligadas a notícias que dão conta de que os ricos estão cada vez mais ricos e de que os pobres e remediados estão cada vez mais pobres. A troika não explica tudo e não fundamenta tudo. As opções políticas internas ainda têm um peso considerável no tipo de sociedade que queremos construir. É também sobre isto que devemos reflectir.
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.