O maior desafio da esquerda, sobretudo em países como Portugal, é a dívida e o que fazer com ela. Sendo certo que esse debate caracteriza-se amiúde por questões técnicas, a verdade é que esta é uma discussão que a esquerda tem de fazer, até porque a direita aparenta estar satisfeita com a insustentabilidade dos juros da dívida e vive bem com o problema da dívida. Os partidos mais à esquerda do PS já encetaram tentativas de fazer esse debate - Bloco de Esquerda e Partido Comunista fizeram mais pela discussão deste tema premente do que os partidos do famigerado arco da governação. O Partido Socialista que muito em breve terá como líder António Costa, há anos que não se define e António Costa já manifestou não estar particularmente inclinado para a reestruturação da dívida, embora alegue estar atento a essa discussão. Costa pretende atacar o problema de duas formas: alimentado a esperança que tem na nova Comissão Europeia encabeçada por Juncker e promovendo um grande "plano ...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.