Avizinham-se tempos difíceis para a
coligação de Governo. A vitória de António Costa e o desgaste da
imagem do primeiro-ministro tornam a vida do PSD e CDS
consideravelmente mais intrincada.
A vitória de Costa significa uma
oposição mais forte do que a anterior. Ainda assim, a estratégia
do PSD passará por tentar colar a imagem do próximo líder do PS à
governação de José Sócrates. A estratégia será indubitavelmente
essa. António Costa, dir-se-á, é a continuação da
"irresponsabilidade" do governo de José Sócrates. Esta
estratégia poderá colher alguns frutos, mas dificilmente será
decisiva.
A imagem do primeiro-ministro. Aquela
imagem de austeridade, responsabilidade e parcimónia vai soçobrando
perante a ausência de explicações e perante o avolumar de factos
comprometedores. A história que conta a relação entre o
primeiro-ministro e a Tecnoforma e a ONG não será esquecida.
E o resto. O resto é um país
destruído pelas políticas deste governo que, amiúde, ultrapassaram
os ditames externos. E para quê? Para herdarmos uma dívida
absolutamente monstruosa e para a qual quase ninguém quer olhar.
Esta factura também será paga no próximo ano.
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