Ocupamos um dos piores lugares no
ranking da justiça social (20º lugar em 28 Estados-membros), quem o
diz é a fundação alemã Bertelsmann Stiftung. Os indicadores
levados em conta são o acesso a serviços de saúde, justiça,
acesso ao mercado de trabalho, coesão social, prevenção da
pobreza, equidade na educação entre gerações mais novas e mais
velhas.
O que explica a nossa posição
prende-se evidentemente com as medidas de austeridade que fustigaram
o país nos últimos anos. A desvalorização salarial, acompanhada
por um desinvestimento nos serviços públicos são determinantes
para explicar a deterioração da justiça social no nosso país.
Disseram-nos que por termos vivido
acima das nossas possibilidades éramos obrigados a fazer sacrifícios
- só assim se poderia equilibrar as contas públicas. Ora, o défice
continua acima do esperado e a dívida tornou-se verdadeiramente
impagável.
As medidas adoptadas apanharam os mais desfavorecidos, arrastando também a classe média para um mundo de dificuldades até então desconhecidas. PPP's, swaps, isenções fiscais e outras atrocidades mantêm-se alheias aos sacrifícios. De resto, a desvalorização do trabalho e a fragilização dos serviços públicos têm dado jeito a alguns.
As medidas adoptadas apanharam os mais desfavorecidos, arrastando também a classe média para um mundo de dificuldades até então desconhecidas. PPP's, swaps, isenções fiscais e outras atrocidades mantêm-se alheias aos sacrifícios. De resto, a desvalorização do trabalho e a fragilização dos serviços públicos têm dado jeito a alguns.
Neste contexto, as desigualdades
aumentam e a justiça social começa a ser uma miragem.
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