Passos Coelho e Paulo Portas tiveram
de fazer o mais difícil, não havia outra alternativa para corrigir
os erros da anterior governação. É isto que nos dizem. Agora
aquela boa gente vai tentar aligeirar o peso dos sacrifícios
impostos aos portugueses. O Orçamento de Estado será menos oneroso.
Afinal de contas as eleições estão à porta e com elas António
Costa. Ainda assim, a sobretaxa mantém-se, com promessas de uma
hipotética redução em 2016. Fica a promessa e a ideia de que não
se trata de uma medida eleitoralista. Esta boa gente não quer passar
a imagem errada.
Agora a boa gente do Governo,
sobretudo Paulo Portas alega estar a fazer tudo para baixar impostos,
ou uma “moderação fiscal”. As pensões, por imperativo
constitucional também serão repostas, excepção das pensões
superiores a 4.611,42 euros. Uma fiscalidade “verde” e
despedimentos nas autarquias pretensamente compensarão as reduções
do IRS em famílias com filhos.
Recorde-se que o défice terá de cair
para os 2.5 por cento do PIB.
Infelizmente para esta boa gente, a
viragem de políticas ou melhor, de intenções, não engana ninguém
e a entrada de António Costa nas eleições compromete os desejos
daquela boa gente. Paralelamente, o caso tecnoforma não contribuiu
para melhorar a imagem de Passos Coelho.
O Governo que agora se quer passar por
boa gente – uma falsidade idêntica a tantas outras – poderá
muito bem vir a ter aquilo que merece.
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