...Passos Coelho não morreria desse
mal. O primeiro-ministro não é um homem de arrependimentos, veja-se
o caso de Nuno Crato, ministro da Educação. Depois de alegadamente
o ministro da Educação ter colocado o seu lugar à disposição, o
primeiro-ministro que não aceitou essa demissão ainda reitera a sua
confiança no ministro.
Escusado será dizer que a abertura do ano lectivo foi desastrosa e continua a ser desastrosa. Todavia, esse desastre é uma questão de somenos na óptica do primeiro-ministro, alguém que não abdica da imagem de líder inabalável, não manifestando nem fraquezas, nem arrependimentos.
Escusado será dizer que a abertura do ano lectivo foi desastrosa e continua a ser desastrosa. Todavia, esse desastre é uma questão de somenos na óptica do primeiro-ministro, alguém que não abdica da imagem de líder inabalável, não manifestando nem fraquezas, nem arrependimentos.
É claro que a aparente incompetência
do Governo não deixa de servir os propósitos do Executivo,
designadamente o enfraquecimento dos serviços públicos. Tarefa que
Passos Coelha espera continuar depois de 2015.
Com efeito, Passos Coelho não tem
razões para se arrepender. O Estado Social é enfraquecido a cada
dia que passa; a desvalorização salarial e a precariedade no
emprego consolidam-se a cada dia que passa; as privatizações
trouxeram vantagens à Casta nacional e internacional.
Passos Coelho não é um homem de
arrependimentos, nem tem de sê-lo, até porque não tem razões para
tal, antes pelo contrário, os seus objectivos têm sido atingidos. A
esperança reside no tempo que ainda lhe resta e a julgar pelas
intenções de voto esse tempo é manifestamente escasso.
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