O Governo escolheu deixar o défice
derrapar para os 2,7 por cento ao invés dos 2,5 por cento acordados.
A Comissão Europeia reagiu, colocando em causa a "qualidade da
consolidação orçamental", enfatizando também a necessidade
de mais medidas para 2015. O Governo rebateu a posição da Comissão
afirmando que "não seria coerente aumentar impostos". Nós
acrescentamos: esse aumento de impostos não seria coerente com o
período eleitoral que se avizinha.
De resto, não restam dúvidas de que se não se tratasse de um ano de eleições, o Orçamento de Estado seria mais oneroso - só o período eleitoral é que de facto se sobrepõe aos ditames europeus. Só isso e mais nada.
De resto, não restam dúvidas de que se não se tratasse de um ano de eleições, o Orçamento de Estado seria mais oneroso - só o período eleitoral é que de facto se sobrepõe aos ditames europeus. Só isso e mais nada.
Pedro Passos Coelho, numa manobra
infeliz por estar longe de corresponder à verdade, já afirmou estar
pouco preocupado com eleições. Não é verdade, aliás é mais uma
mentira a somar a tantas outras. Passos Coelho, Paulo Portas e os
seus acólitos estão preocupados com eleições, há muito em jogo:
desde a perpetuação de lugares, à implementação de políticas
claramente vantajosas para uma minoria, com claro prejuízo para a
maioria.
De um modo geral, a transformação
que está a ser levada a cabo pelo actual executivo não está
concluída, são necessários mais alguns anos para que essa
transformação se consolide. Por ora, as contas públicas e o tão
apregoado rigor podem esperar, depois, se tudo correr de feição,
retomar-se-á o rumo de destruição social do país.
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