O desgaste do Governo é evidente,
embora os membros do Executivo ajam como se esse desgaste
simplesmente não existisse.
Mais, fica a sensação indelével que
o país aguarda ansiosamente por 2015, concretamente por eleições.
Entretanto, Passos Coelho e Paulo Portas fingem dizer a verdade e
simulam um estado de normalidade que não existe.
O país foi inexoravelmente arrasado
por este Governo. As transformações operadas em nome dos
compromissos internacionais tiveram custos incomensuráveis:
desemprego; saída de muitos portugueses do país; fragilização do
Estado Social; desvalorização e precarização do trabalho;
agudização das fragilidades estruturais de um país despido de
futuro.
Espera-se, assim, ansiosamente por
qualquer coisa diferente; por qualquer coisa que não seja nem Pedro
Passos Coelho, nem Paulo Portas.
É neste contexto que aparece António
Costa, mais uma ilusão, ainda assim dificilmente tão nefasta quanto
a que ainda lidera os destinos do país.
Ao longe, um Presidente da Repúblico,
agindo como aquele senhor de idade avançada que simplesmente não
quer chatices, mas que, não raras vezes, age de forma insidiosa.
E é isto que temos até finais de
2015 – ao que tudo indica –, graças ao tal Presidente da
República, o homem que não se está para chatear, nem tão-pouco
para chatear parte da casta que ainda beneficia das políticas do
Governo.
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