Com o aproximar do final de ano, é altura de se perspectivar o ano que se segue, e inevitavelmente acaba-se por se formular desejos para esse ano que está prestes a iniciar. Infelizmente, tudo indica que o ano que agora está a chegar não vai ser o ano da retoma económica. O ano de 2008 será muito provavelmente um prolongamento do ano que agora finda: novas dificuldades para os cidadãos, irreversibilidade do problema do desemprego, profusão de novas formas de precariedade laboral, e por aí fora. Já não seria mau que o primeiro-ministro levasse a cabo, durante o ano de 2008, as reformas prometidas para a Administração Pública. Este é um problema premente e cujas indecisões custam caro ao país. Também seria útil que o famigerado pacto para a Justiça fosse além do mero acordo de intenções entre os dois principais partidos políticos. Em todo o caso, a Saúde necessita de melhores dias para 2008. Importa ter presente que o encerramento de unidades que prestam serviços fundamentais à salvaguar...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.