China e Rússia têm sido países –
potências emergentes – que procuram e conquistam o seu espaço,
sobretudo agora, com os claros sinais de enfraquecimento da nova
Administração americana.
Curiosamente, a nova Administração
de Donald Trump fez toda uma campanha e mantém a ideia de que será
a Administração que fará a América “grande outra vez”, quando
na verdade, Trump e os seus acólitos são precisamente os mais
evidentes sinais de decadência que resultará na perda de hegemonia
da maior potência mundial.
De facto, os EUA circulam em sentido
contrário a China e Rússia. EUA que conheceram o seu período áureo
depois da II Guerra Mundial, mas que nos últimos anos têm passado
por uma espiral descendente.
A nova Administração dá claros
sinais de aprofundar esse declínio num misto de amadorismo e de
extremismo, com figuras que raiam o patético, hostilizando países
pouco propensos a conflitos militares, como o caso da China, mas que
reagirá, militarmente, a ingerências e provocações. Em sentido
diametralmente oposto, a Administração americana prefere
aproximar-se de países como a Rússia que não abdica de consolidar
a sua hegemonia e que está disposta a agir à revelia da comunidade
internacional, como se viu com a Ucrânia e com a Síria.
E no entanto, esta espécie de
política externa, que desafia o que as anteriores administrações
defenderam e aplicaram, pode não estar para durar. A instabilidade e
a existência de uma estratégia amadora e anódina podem impor
mudanças.
Pelo caminho, os EUA vão conhecendo a
decadência como império – decadência que se acelerará com
Trump; decadência que antecede o fim do poderio norte-americano que
acontecerá sob a tutela precisamente daqueles que prometeram
recuperar o poder dos EUA.
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