O
regresso das 35 horas é uma medida da mais elementar justiça.
Paralelamente, a velha premissa de quantidade versus qualidade
esbarra amiúde na realidade. Não é esse o entendimento de Peter
Praet, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu, que se
manifesta preocupado com a reversão desta medida. Mais um, entre
tantos outros, interna como externamente, a procurar exercer pressão
sempre no mesmo sentido - no sentido da receita que não produziu nem
produzirá os efeitos desejados. Desta feita um que não sabe o que é
ser eleito.
Por
cá, existem outros que se prestam a tristes figuras, desde pivôs de
jornais televisivos, passando por políticos/comentadores e
culminando nos conhecidos jornalistas/especialistas. Na esfera
política, a tarefa ficou nas mãos de uma figura desgastada, isolada
e envelhecida (figuradamente), Pedro Passos Coelho. Todos têm como
objectivo fragilizar a actual solução política, enquanto encetam
novas tentativas de levar o país de regresso ao caminho do
empobrecimento,
Passos
Coelho consegue a proeza de se prestar aos exercícios mais
humilhantes: desprovido de argumentação, atira números para o ar;
esquecido do seu passado recente, mostra-se preocupado com o
desemprego e com a situação de professores de colégios e escolas
privadas (para estes professores não há lugar a conselhos que
redundem na emigração); isolado, fala como se a credibilidade fosse
a sua melhor amiga.
As
pressões internas e externas não cessarão e acredito que depois
das eleições espanholas de 26 de Junho e consoante o resultado
desse período eleitoral, as ditas pressões possam recrudescer.
Resta
ao Governo português não ceder e aos partidos que suportam o
Governo insistirem no apoio a esta solução governativa. Diga-se em
abono da verdade que as pressões externas são as mais preocupantes,
desde logo porque internamente, Passos Coelho está entregue a
sucessivos exercícios de humilhação de si próprio.
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