Avançar para o conteúdo principal

Sem razões para celebrar o 1º de Maio

Passos Coelho afirmou que, ao olhar para os indicadores económicos, não vê razões para celebrar o Dia do Trabalhador. A questão que obviamente se coloca é: quando Passos Coelho era primeiro-ministro e os indicadores económicos esbarravam invariavelmente na pobreza dos trabalhadores, como é que o então primeiro-ministro se sentiria? Haveria então razões para celebrar o 1º de Maio?
A resposta é obviamente negativa, o anterior primeiro-ministro não vê razões para celebrar o Dia do Trabalhador porque sempre desprezou os trabalhadores. Passos Coelho não vê razões para celebrar o Dia do Trabalhador porque os trabalhadores são um custo que importa reduzir até aos limites da insignificância; Passos não vê razões para celebrar porque a desvalorização do trabalho não dá espaço para quaisquer sentimentalismos. É um custo e importa baixá-lo.
O Governo anterior esmagou os trabalhadores, empobreceu-os, humilhou-os e é por essa razão que Passos Coelho não encontra razões para celebrar o 1.º de Maio, não encontra agora, como não encontrou no Passado como nunca encontrará no futuro.

Com efeito, Passos com a conivência de uma comunicação social servil, continua a procurar dar prova de vida, oferecendo-nos pérolas como a inexistência de razões para celebrar o Dia do Trabalhador ou elogios pueris ao Presidente da República como o que postula que Marcelo “irradia felicidade”, depois de há uns meses ter-se referido ao agora Presidente como “Cata-vento”. Pérolas.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Normalização do fascismo

O PSD Açores, e naturalmente com a aprovação de Rui Rio, achou por bem coligar-se com o "Chega". Outros partidos como o Iniciativa Liberal (IL) e o CDS fizeram as mesmas escolhas, ainda que o primeiro corra atrás do prejuízo, sobretudo agora que a pandemia teve o condão de mostrar a importância do Estado Social que o IL tão avidamente pretende desmantelar, e o segundo se tenha transformado numa absoluta irrelevância. Porém, é Rui Rio, o mesmo que tem cultivado aquela imagem de moderado, que considera que o "Chega" nos Açores é diferente do "Chega" nacional. Rui Rio, o moderado, considera mesmo que algumas medidas do "Chega" como a estafada redução do Rendimento Social de Inserção é um excelente medida. Alheio às características singulares da região, Rui Rio pensa que com a ajuda do "Chega" vai tirar empregos da cartola para combater a subsidiodependência de que tanto fala, justificando deste modo a normalização que está a fazer de um pa...

Fim do sigilo bancário

Tudo indica que o sigilo bancário vai ter um fim. O Partido Socialista e o Bloco de Esquerda chegaram a um entendimento sobre a matéria em causa - o Bloco de Esquerda faz a proposta e o PS dá a sua aprovação para o levantamento do sigilo bancário. A iniciativa é louvável e coaduna-se com aquilo que o Bloco de Esquerda tem vindo a propor com o objectivo de se agilizar os mecanismos para um combate eficaz ao crime económico e ao crime de evasão fiscal. Este entendimento entre o Bloco de Esquerda e o Partido Socialista também serve na perfeição os intentos do partido do Governo. Assim, o PS mostra a sua determinação no combate à corrupção e ao crime económico e, por outro lado, aproxima-se novamente do Bloco de Esquerda. Com efeito, a medida, apesar de ser tardia, é amplamente aplaudida e é vista como um passo certo no combate à corrupção, em particular quando a actualidade é fortemente marcada por suspeições e por casos de corrupção. De igual forma, as perspectivas do PS conseguir uma ma...

Mais uma indecência a somar-se a tantas outras

 O New York Times revelou (parte) o que Donald Trump havia escondido: o seu registo fiscal. E as revelações apenas surpreendem pelas quantias irrisórias de impostos que Trump pagou e os anos, longos anos, em que não pagou um dólar que fosse. Recorde-se que todos os presidentes americanos haviam revelado as suas declarações, apenas Trump tudo fizera para as manter sem segredo. Agora percebe-se porquê. Em 2016, ano da sua eleição, o ainda Presidente americano pagou 750 dólares em impostos, depois de declarar um manancial de prejuízos, estratégia adoptada nos tais dez anos, em quinze, em que nem sequer pagou impostos.  Ora, o homem que sempre se vangloriou do seu sucesso como empresário das duas, uma: ou não teve qualquer espécie de sucesso, apesar do estilo de vida luxuoso; ou simplesmente esta foi mais uma mentira indecente, ou um conjunto de mentiras indecentes. Seja como for, cai mais uma mancha na presidência de Donald Trump que, mesmo somando indecências atrás de indecência...