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Pedro Passos Coelho cansa

Escrever sobre Pedro Passos Coelho cansa. O próprio Pedro Passos Coelho cansa. Cansa por todas as razões que têm sido explanadas aqui, mas sobretudo pelo desconforto manifestado no papel de líder do maior partido da oposição, e pelo facto de se tratar de alguém que ainda não percebeu que o seu tempo acabou.
Escrever sobre o anterior primeiro-ministro cansa, mas o facto é que Passos Coelho insiste em dar razões para que o teclado continue a debitar palavras sobre uma figura desgastada, em fim de vida política.
Isolado, acossado e desgastado, não atira a toalha ao chão, o que seria um virtude se Passos Coelho ainda tivesse alguma coisa para oferecer ao país. Objectivamente não tem. A sua receita falhou, a forma de estar na política, invariavelmente ocupado na tarefa de fechar portas ao invés de procurar o diálogo, esgotou-se. António Costa está a mostrar que é possível fazer muito diferente daquilo que Passos Coelho fez.

Parte do PSD continua com Passos Coelho e estará até surgir a alternativa que, no fundo é almejada por todos. A pouco mais de um ano das autárquicas, Passos Coelho definha, afundando-se na sua insignificância. Pedro Passos Coelho cansa. 

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