É
por demais evidente que parte dos contratos de associação
celebrados com o Estado desafiam qualquer concepção de Estado
Social. Havendo oferta pública, não se verifica a necessidade de
contratar serviços privados. Elementar? Sim, mas não para todos,
isto porque o Estado Social tem muito que se lhe diga e os negócios
são sempre os negócios.
A
intenção do Governo apoiar a escola pública, com medidas justas
como a reposição de apoio especializado a crianças com
incapacidades permanentes, apoio nos livros escolares e mais apoio
para alunos com dificuldades de aprendizagem, é absolutamente
essencial e enquadra-se no conceito de Estado Social.
Reconheça-se
ou não, a sociedade portuguesa apresenta sinais evidentes de
egoísmo. Os negócios sobrepõem-se a tudo o resto e um egoísmo
mais generalizado ajuda à festa. Talvez por esta razão exista quem
não entenda que o Governo está a fazer é da mais elementar
justiça.
A
instrumentalização de crianças diz muito do carácter daqueles que
defendem os seus negócios, mesmo que esses negócios sobrevivam à
custa dos parcos recursos do Estado e mesmo que esses negócios
retirem capacidade de atender a quem realmente necessita de apoio
social.
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