Apesar das promessas de cessar-fogo e
de se estabelecer um caminho de diálogo rumo à paz, a situação na
Síria não cessa de se agravar. Desta feita, terá sido um hospital
pediátrico o alvo da fúria de uma das partes, numa história apenas
com vilões e em que ninguém parece algum dia vir a ser herói. O
bombardeamento que destruiu o hospital Al Quds, na cidade de Alepo,
resultou na morte de 20 morto, entre eles o único pediatra da
cidade.
A barbárie é uma constante e a
esperança não tem igualmente hipótese de sobreviver num contexto
de inferno na terra.
Entretanto ninguém parece empenhado
na procura de uma solução: os EUA e UE (titubeante, como de
costume) preocupam-se mais em agradar à Turquia (com um regime
insidioso), ao mesmo tempo que demonstram ter dificuldades em
trabalhar com a Rússia; os países do Médio Oriente estão
igualmente longe de encontrar e participar numa solução; as
opiniões públicas ocidentais ou por andarem distraídas ou por nem
sequer se interessarem estão longe exercer qualquer pressão os seus
representantes políticos com vista a uma solução para a Síria.
No fim não sobrará pedra sobre pedra
na Síria e continuaremos a falar de refugiados sem saber muito bem o
que fazer, enquanto deixamos escapar todos os que lucram com a
instabilidade e com as guerras.
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