Sem nada para dizer, Passos Coelho insiste em proferir o já habitual rol de vacuidades que amiúde lhe rebentam na cara. Rebentavam - pretérito imperfeito. Na verdade, hoje já ninguém escuta ou sequer olha para o ainda líder do PSD. Ainda assim, Passos Coelho não desiste. Desta feita acusou o Governo e os partidos que o suportam no parlamento de terem um discurso dúplice em relação à União Europeia. A crítica faz sentido sobretudo vinda de alguém que, na mais inexorável e exasperante ausência de espírito crítico, bajulou até à exaustão os líderes europeus, mais concretamente os responsáveis políticos alemães. Passos Coelho, no alto da sua sapiência, não concebe que se possa criticar o contexto a que se pertence; Passos Coelho, nos píncaros da sua sagacidade, não percebe que o espírito crítico faz parte do pluralismo democrático e que, na ausência do mesmo, resta o vazio e a bajulação, como foi o seu propósito durante mais de quatro anos. Se o PCP sempre foi crítico da UE e da Zona ...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.