Donald
Trump fez campanha e ganhou eleições apregoando ser diametralmente
oposto aos demais políticos enredados num sistema que ele tão
veementemente contestava. No entanto, Trump, seu séquito e família
mostram a cada dia que passa que afinal conseguem manifestar um
desprezo ainda maior por princípios básicos de ética. O que não
deixa de ser irónico, o que não deixa, esperemos, esquecer os
perigos do populismo.
Desde
nomear familiares para desempenhar cargos vitais na sua
Administração, passando pelas somas obscenas gastas em escassos
meses, passando ainda por histórias mal contadas envolvendo
invariavelmente russos, e agindo como um déspota sem um pingo de
educação, Trump consegue o pior possível e imaginável.
O
populismo tantas vezes associado a uma espécie de messianismo de
homens que se dizem melhores do que os demais, políticos que cospem
na política e se orgulham disso mesmo, só pode dar maus resultados.
A
ver vamos se o que Mike Flynn diz ter para dizer não poderá
comprometer ainda mais esta Administração. Recorde-se que Flynn foi
uma baixa da Administração Trump por alegadamente estar demasiado
comprometido com os russos, à revelia, alegadamente, da própria
Administração. Ora, Flynn diz-se disposto a contar tudo, em troca
de imunidade. A ver vamos se aqueles que se arrogam melhores, não
são efectivamente os primeiros a cair e de forma estrondosa. Assim
se espera. As democracias vão resistindo aos Trumps deste mundo, mas
até quando?
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