Em
nome da revolução (bolivariana) valerá a pena sacrificar um povo,
o seu povo? Vale. Sob o regime autoritário/chavista de Maduro vale e
assim vai a Venezuela com o povo - em nome de quem foi feita a
revolução - privado dos bens mais essenciais, em fuga,
reprimido ou até morto em manifestações.
19
de Abril marcou o 207º aniversário da revolução de 1810 que deu à
Venezuela a sua independência, data também marcada por protestos,
pela repressão da Guarda Nacional Bolivariana e pela morte de dois
civis e de um militar.
Recorde-se
que há escassas semanas atrás o Supremo Tribunal assumiu as funções
de um Parlamento eleito democraticamente e, embora a medida tenha
sido revertida, as palavras que ecoam na cabeça de muitos
venezuelanos não se dissiparam e a sensação da golpe de Estado
permanece presente. Por outro lado, importa lembrar que ainda durante
esta semana Nicólas Maduro anunciou a sua intenção de aumentar em
500 mil os membros da milícia bolivariana, armando todos eles. E a
entrega de armas a civis não é exactamente um prelúdio de uma
guerra civil? Mulheres e homens armados que Maduro almeja que atinjam
um milhão não é exactamente o princípio de uma guerra civil?
Em
nome da revolução de seu nome bolivariana o regime mostra a sua
face cada vez mais autoritária, com repressão, prisões à revelia
do Estado de Direito, mortes em protestos e um povo que sofre a
escassez na pele. Em nome da revolução a Venezuela aproxima-se de
uma guerra civil.
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