Depois
de passarem anos a acusar os países "intervencionados" de
serem responsáveis todo o mal do mundo, os principais responsáveis
europeus tardam em mudar a estratégia, preferindo apostar no erro,
enquanto a Europa, mais concretamente a UE, vai ficado
progressivamente mais isolada.
Primeiro
foi a crise do sector financeiro rapidamente transformada em crise
das dívidas soberanas; depois o Brexit; para complicar os EUA
escolheram Trump para a presidência e agora a Turquia vira regime
autoritário declarado, afastando-se também ela da Europa.
Sem
capacidade de se unir, com protagonistas medíocres como o inefável
Presidente do Eurogrupo que apenas fomentam as divisões da forma
mais abjecta, deixando a indelével impressão que almejam uma Europa
minimalista composta por países do centro e norte da Europa, o
projecto europeu passou para o domínio da fantasia.
Hoje
temos uma Europa desunida, com personagens não sufragadas e
medíocres, sem o Reino Unido, sem poder contar com o aliado
americano e com a Turquia voltada de costas para a Europa. Esperar
que desta equação saia um resultado promissor é no mínimo
ingénuo. Um abalo, bastará um abalo, económico, financeiro ou uma
guerra para tudo desabar com a maior das facilidades - assim é
quando se procuram as cisões ao invés da união. Assim é quando a
UE se encontra sozinha, em larga medida, por culpa própria, e
sobretudo por passar anos a preocupar-se com o acessório, descurando
o essencial.
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