A sustentabilidade da Segurança Social é uma grande preocupação da ministra das Finanças. Segundo a mesma será necessário um corte de 600 milhões (segundo o DN no prazo de apenas um ano) para garantir a sustentabilidade da Segurança Social. Talvez não fosse má ideia que a ministra esclarecesse por que razão a Segurança Social, que durante mais de uma década apresentou saldo positivo, até há três anos atrás, apresenta agora problemas de sustentabilidade. Como Mariana Mortágua referiu. Será que a destruição de empregos e a emigração, ambas sem precedentes, têm alguma relação com os problemas da Segurança Social que tanto afligem a ministra? Será que essa insustentabilidade não estará relacionada com o trabalho que tem vindo a ser desempenhado quer pela ministra, quer pelos seus colegas de Governo? É claro que o gosto que a ministra e os acólitos de Passos Coelho têm pelo privado é indissociável da forma como se apresenta o problema. A verdade é que a fragilização da Segurança Social...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.