Enquanto Cavaco Silva, Presidente da República Portuguesa, ouvia partidos da oposição, Governador do Banco de Portugal e parceiros sociais, a Alemanha dava a sua anuência à solução saída das mentes de Passos Coelho e de Paulo Portas, tornando o Presidente da República uma figura meramente decorativa.
O jornal I noticia que estas diligências do Presidente são uma mera formalidade e que a decisão já terá sido tomada. A antecipação da Alemanha revela isso mesmo e muito mais: revela a pequenez de quem nos governa, os tais que adoptaram agora, como no passado, uma postura de total subserviência que nos envergonha a todos. A democracia não é isto. Aliás, o que se tem passado nas últimas semanas é a antítese do que deve ser a democracia.
A nossa qualidade de devedor (não se sabe bem ao certo de que dívida é que realmente estamos a falar) não pode ser sinónimo de humilhações que mais não são do que a consequência de uma postura que tem sido invariavelmente subserviente. Lamentável e vergonhoso. Com a actual configuração política saída daquelas duas mentes brilhantes, a vergonha, para além de tudo o mais, será transversal a uma boa parte dos cidadãos deste país.
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