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Negócios ruinosos

O jornal "Público" avança que o Estado terá de pagar mais 100 milhões de euros a propósito da ruinosa nacionalização e venda de parte do BPN - da parte contaminada.
O BIC, responsável pela compra pelos famigerados 40 milhões reclama agora esse 100 milhões, ao abrigo do contrato assinado com a actual ministra das Finanças, diz o jornal "Público".
Da sociedade Galilei (ex- SLN), do BPN, sociedade que está envolvida em contratos milionários na área do imobiliário e da saúde , apesar de ter nas suas hostes muito do BPN, pouco ou nada se fala.
A nacionalização e venda do BPN, os contratos referentes às parcerias público-privadas, os contratos swap, invariavelmente assessorados por escritórios de advogados e afins, pagos a peso de ouro, são exemplos da gestão ruinosa da coisa pública. Esta gestão ruinosa não é fruto do acaso ou da mera incompetência, é o resultado da promiscuidade entre poder político e económico. Uma promiscuidade é também nossa responsabilidade que vivemos relativamente com a opacidade que caracteriza estas situações; essa responsabilidade também é nossa que não só parecemos conviver bem com ela, como insistimos em premiá-la, através dos mecanismos da democracia representativa.
Entretanto, os promotores da já referida promiscuidade dizem que vão negociar uma solução para a crise política do país.

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