A cimeira que reuniu os líderes europeus em Bruxelas não trouxe novidades de relevo. Chega-se paulatinamente à conclusão que é preciso ir além da austeridade, designadamente de modo a promover o crescimento económico, mas não se vislumbra como atingir esse objectivo. Percebe-se que a ortodoxia económica continua a vigorar, com forte apoio alemão e que os países em dificuldades apenas verão essas mesmas dificuldades recrudescer. O pacto orçamental conta com 25 dos 27 Estados-membros. A rigidez orçamental continua a ser a bitola de uma Europa à deriva conduzida por lideranças anódinas e egocêntricas. Quanto à possibilidade de ocupação da Grécia, a chanceler Alemã tentou desvalorizar dando-lhe uma roupagem de auxílio e não de ocupação. A cimeira do crescimento económico e da promoção de emprego foi mais um triste episódio da História da Europa. Nenhuma das medidas que poderiam inverter a crise são sequer contempladas. Insiste-se nas mesmas receitas que nos trouxeram ao descalab...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.