A decisão de Alexandre Soares dos Santos de deslocalizar uma sociedade do grupo Jerónimo Martins para a Holanda vem mostrar a qualidade de uma parte dos empresários nacionais, os mesmos que passam uma parte significativa das suas vidas a criticar o país e pedir para que não se desista do mesmo.
Ora, não deixa de ser curioso que um homem tão crítico do país, tão defensor da ideia de que não se pode desistir de Portugal, venha agora a fazer a operação supra citada, ainda para mais para um país conhecido por ser generoso do ponto de vista fiscal para as operações em causa.
Segundo um comunicado da Jerónimo Martins, o objectivo da operação não se prende com qualquer fuga de impostos e são dadas garantias de que a sede manter-se-á em Portugal. Resta saber então quais as razões que levaram à concretização da operação em causa, tendo em consideração que as mesmas não são de índole fiscal, segundo o tal comunicado.
Estes empresários, do rol dos homens mais ricos do país, os tais que viram os seus rendimentos recrudescerem enquanto uma parte cada vez maior da população afunda-se na mais abjecta miséria, já nem se envergonham de mostrar a sua verdadeira natureza, sob pena de se encontrar todo o tipo de incongruências. Afinal de contas são os mesmos que tentam influenciar o rumo do país, mas simultaneamente abandonam o barco quando este dá mostra de poder vir a afundar-se. Muitos fizeram com o Estado negócios ruinosos. Quando falamos da ruína do país, não devemos esquecer estes senhores que deixaram e continuam a deixar a sua marca no descalabro do país.
Infelizmente o problema é mais vasto e redunda numa enormidade da própria zona Euro que admite no seu seio concorrência fiscal, destruindo qualquer hipótese remota de se reduzir as assimetrias sociais. Infelizmente, o problema consegue ser ainda mais vasto e prende-se com um sistema de capitalismo selvagem onde vale tudo. Ora, esse vale tudo traduz-se nas mais graves desigualdades das últimas décadas.
Seja como for, oiçam o que eu digo, mas ignorem o que eu faço. Vamos todos lutar por Portugal, mas reconheço que é na Holanda que se está bem.
Ora, não deixa de ser curioso que um homem tão crítico do país, tão defensor da ideia de que não se pode desistir de Portugal, venha agora a fazer a operação supra citada, ainda para mais para um país conhecido por ser generoso do ponto de vista fiscal para as operações em causa.
Segundo um comunicado da Jerónimo Martins, o objectivo da operação não se prende com qualquer fuga de impostos e são dadas garantias de que a sede manter-se-á em Portugal. Resta saber então quais as razões que levaram à concretização da operação em causa, tendo em consideração que as mesmas não são de índole fiscal, segundo o tal comunicado.
Estes empresários, do rol dos homens mais ricos do país, os tais que viram os seus rendimentos recrudescerem enquanto uma parte cada vez maior da população afunda-se na mais abjecta miséria, já nem se envergonham de mostrar a sua verdadeira natureza, sob pena de se encontrar todo o tipo de incongruências. Afinal de contas são os mesmos que tentam influenciar o rumo do país, mas simultaneamente abandonam o barco quando este dá mostra de poder vir a afundar-se. Muitos fizeram com o Estado negócios ruinosos. Quando falamos da ruína do país, não devemos esquecer estes senhores que deixaram e continuam a deixar a sua marca no descalabro do país.
Infelizmente o problema é mais vasto e redunda numa enormidade da própria zona Euro que admite no seu seio concorrência fiscal, destruindo qualquer hipótese remota de se reduzir as assimetrias sociais. Infelizmente, o problema consegue ser ainda mais vasto e prende-se com um sistema de capitalismo selvagem onde vale tudo. Ora, esse vale tudo traduz-se nas mais graves desigualdades das últimas décadas.
Seja como for, oiçam o que eu digo, mas ignorem o que eu faço. Vamos todos lutar por Portugal, mas reconheço que é na Holanda que se está bem.
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