Restarão poucas dúvidas quanto à mediocridade dos representantes eleitos - escolhidos, portanto - que governam o país nos últimos anos. Essa mediocridade é indissociável da própria mediocridade dos partidos políticos, sobretudo daqueles habituados a governar. Ainda assim e quando pensávamos que tinhamos atingido o zénite da mediocridade surge então Passos Coelho e os seus indefectíveis. Vivemos assim na plenitude da mediocridade. O último exemplo prende-se com o adiamento da apresentação do Documento de Estratégia Orçamental - um documento essencial para a vida dos Portugueses nos próximos anos. Aparentemente tudo está desenhado e decidido, nós é que não conhecemos o documento. É evidente que a mediocridade intrínsica à actual governação é exponenciada pela ausência de exigência dos cidadãos. De resto, nem é preciso um esforço hercúleo no sentido de estabelecer uma comunicação entre Governo e cidadãos, essa ligação simplesmente não existe. Ao Governo tudo é permitido: a ...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.