A possibilidade de redução da carga fiscal foi ontem avançada por vários órgãos de comunicação social. Segundo o noticiado, seria intenção do Governo reduzir a carga fiscal, designadamente o IRS. Não há, porém, confirmação. Apesar do desmentido, a possibilidade de o Governo reduzir a carga fiscal por motivos eleitoralistas não merece ser excluída até por nem sequer se trata de uma novidade.
De resto, ano de eleições, sobretudo se se tratarem de eleições
legislativas como será o ano de 2015 obrigam a muito. Depois de anos de
austeridade em doses cavalares, o Governo vê-se forçado a abrandar o
ritmo dessa austeridade: é nesse sentido que reformas e salários não
sofrerão mais cortes, como anunciado pelo primeiro-ministro. Quanto à
redução de impostos, a ver vamos. O Governo - os partidos que formam o
Governo - serão obrigados a aligeirar as medidas de austeridade, apesar
das imposições externas. Ainda há muito para fazer e muito para destruir e mais uns anos dão jeito.
Por
outro lado, O Governo está a contar com uma saída limpa que lhe conceda
uma imagem de sucesso, pelo caminho as coisas não poderão ir mais
longe, caso contrário as penalizações nas urnas poderão se tornar elas
próprias insustentáveis. 2015 é então ano de eleições legislativas: ano
de alívio e ano de amnésia. Pelo menos é com isto que PSD e CDS estão a
contar.
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