A pluralidade de opinião é uma característica
das democracias. O enriquecimento das democracias passa pela
diversidade, pela opinião e pelo contraditório.
Por vezes essa diversidade brinda-nos com pérolas como as que saem da boca de alguns ilustres membros da nossa sociedade. Isabel Jonet já nos tinha oferecido a sua visão da sociedade e do país. Muitos, incluindo eu, consideraram que essa oferta era suficiente. Era escusado ouvir outras opiniões da senhora Jonet.
Infelizmente, essa nossa ideia de que as suas opiniões anteriormente partilhadas haviam sido suficientes não se coadunou com a própria opinião de Jonet. Agora, a presidente do Banco Alimentar teceu considerações sobre as redes sociais, aparentemente as suas considerações sobre bifes e concertos de rock não foram suficientes.
Assim, segundo Jonet, os desempregados passam demasiado tempo nas redes sociais, vivem uma vida que é "uma ilusão", ao invés de fazerem acções de voluntariado. Dir-se-á que as afirmações são de tal ordem obstusas que dispensam contraditório. Reconheço que é mesmo assim.
Todavia, questiona-se por que razão pessoas que perfilham um determinado modelo de sociedade são hoje tão solicitadas, e não o eram no passado. Porquê agora? A explicação prima pela simplicidade: porque esta ideia de sociedade - dos que viveram acima das suas possibilidades e que por essa razão necessitam de se redimir; uma sociedade profundamente estratificada, sem ambições de ascensão social; uma sociedade composta por aqueles que vingam e que lideram os destinos do país e os outros, os miseráveis que só podem contar com exercícios de caridade, geralmente acompanhada por laivos de religiosidade - é partilhada com quem nos governa. Esta é a transformação que alguns ambicionavam há tanto e tanto tempo e a crise abriu as portas a essa transformação tão almejada.
A pluralidade de opinião tem destas coisas: opiniões como as de Jonet. Pena é que essa pluralidade seja tão exígua nos principais meios de comunicação social. Afinal de contas, a transformação tem de ter os seus arautos e tem de seguir o seu rumo.
Por vezes essa diversidade brinda-nos com pérolas como as que saem da boca de alguns ilustres membros da nossa sociedade. Isabel Jonet já nos tinha oferecido a sua visão da sociedade e do país. Muitos, incluindo eu, consideraram que essa oferta era suficiente. Era escusado ouvir outras opiniões da senhora Jonet.
Infelizmente, essa nossa ideia de que as suas opiniões anteriormente partilhadas haviam sido suficientes não se coadunou com a própria opinião de Jonet. Agora, a presidente do Banco Alimentar teceu considerações sobre as redes sociais, aparentemente as suas considerações sobre bifes e concertos de rock não foram suficientes.
Assim, segundo Jonet, os desempregados passam demasiado tempo nas redes sociais, vivem uma vida que é "uma ilusão", ao invés de fazerem acções de voluntariado. Dir-se-á que as afirmações são de tal ordem obstusas que dispensam contraditório. Reconheço que é mesmo assim.
Todavia, questiona-se por que razão pessoas que perfilham um determinado modelo de sociedade são hoje tão solicitadas, e não o eram no passado. Porquê agora? A explicação prima pela simplicidade: porque esta ideia de sociedade - dos que viveram acima das suas possibilidades e que por essa razão necessitam de se redimir; uma sociedade profundamente estratificada, sem ambições de ascensão social; uma sociedade composta por aqueles que vingam e que lideram os destinos do país e os outros, os miseráveis que só podem contar com exercícios de caridade, geralmente acompanhada por laivos de religiosidade - é partilhada com quem nos governa. Esta é a transformação que alguns ambicionavam há tanto e tanto tempo e a crise abriu as portas a essa transformação tão almejada.
A pluralidade de opinião tem destas coisas: opiniões como as de Jonet. Pena é que essa pluralidade seja tão exígua nos principais meios de comunicação social. Afinal de contas, a transformação tem de ter os seus arautos e tem de seguir o seu rumo.
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