É palavra chave da governação em Portugal nas últimas décadas, não nos referimos à confiança entre eleitores e representantes políticos - não se trata dessa confiança propriamente dita. A confiança de que falamos prende-se com as relações entre eleitos e membros do partido que foi escolhido pelos eleitores. Com efeito, se neste blogue nos dedicássemos a fazer referência aos cargos de nomeação política e de confiança política, não fazíamos outra coisa. Tanto PS como PSD têm-se mostrado exímios na tarefa de escolher as direcções de organismos públicos - escolhem invariavelmente membros do seu partido. A título de mero exemplo, dois históricos do PSD foram escolhidos para dirigir o hospital de Guimarães. Quem conteste a escolha, leva o argumento da tal confiança política que tem servido para todo o tipo de expedientes, tanto em organismos públicos, como em empresas do Estado, até às chefias dos gabinetes dos ilustres membros do Governo. A confiança está confinada ao interior ...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.