Está convocada uma greve geral para dia 24 do próximo mês. Porventura haverá quem, neste momento, não considere que existam razões para se aderir à greve, afinal de contas o cenário que nos é apresentado é o de um país com extremas dificuldades financeiras. Nestas circunstâncias, dir-se-á que o Orçamento de Estado (que será viabilizado) , e as anteriores medidas do Governo afiguram-se como sendo inevitáveis. Com efeito, a ideia de que as greves mais não são do que uma forma de prejudicar um país depauperado já tinha sido veiculada, ainda antes das puerilidades - as manifestadas esta semana - dos dois maiores partidos. Além disso, os últimos dias mostram que não há nada a fazer, a não ser aceitar as medidas difíceis. Pelo menos é esta a imagem que é transversal a toda a comunicação social. Todavia, e contrariamente ao pensamento dominante, há muito que os cidadãos podem fazer. Os cidadãos têm toda a legitimidade para participarem mais activamente na construção do país, a gre...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.