O famigerado FMI já veio alertar para a possibilidade da economia portuguesa entrar em recessão e para um aumento do desemprego. Ora, trata-se do mesmo FMI que apresenta invariavelmente receitas indissociáveis da crise internacional. Este não é porém o único paradoxo. Internamente, procuram-se paliativos para resolver um problema muito mais profundo e que se prende com os constantes aumentos de despesa do Estado e com a relutância da economia portuguesa em crescer.
As medidas recentemente apresentadas pelo Governo vão no sentido de cumprir as exigências de Bruxelas, mas serão contraproducentes no que diz respeito ao crescimento económico. Durante largas décadas preferiu-se ignorar que há obstáculos ao crescimento económico: a ineficácia da Justiça, a burocracia endémica, a promiscuidade entre agentes políticos e agentes económicos, a existência de um sistema educativo sem exigência e a aposta num modelo de desenvolvimento que potencia a dependência e a pobreza mal-disfarçada.
Consequentemente, as receitas de Bruxelas ou do FMI inviabilizam o crescimento económico, mas a ineficácia política interna e o constante protelamento de uma resolução dos problemas estruturais do país constituem a verdadeira receita para a desgraça.
As medidas recentemente apresentadas pelo Governo vão no sentido de cumprir as exigências de Bruxelas, mas serão contraproducentes no que diz respeito ao crescimento económico. Durante largas décadas preferiu-se ignorar que há obstáculos ao crescimento económico: a ineficácia da Justiça, a burocracia endémica, a promiscuidade entre agentes políticos e agentes económicos, a existência de um sistema educativo sem exigência e a aposta num modelo de desenvolvimento que potencia a dependência e a pobreza mal-disfarçada.
Consequentemente, as receitas de Bruxelas ou do FMI inviabilizam o crescimento económico, mas a ineficácia política interna e o constante protelamento de uma resolução dos problemas estruturais do país constituem a verdadeira receita para a desgraça.
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