Sendo certo que a revolta francesa engloba tudo: desde trabalhadores descontentes a arruaceiros, as greves e manifestações que assolam a França não deixam de ser um sério motivo de reflexão. Podemos discutir se as razões que subjazem a essa revolta serão de todo compreensíveis, mas o facto é que os cidadãos franceses insurgem-se contra o retrocesso social e esse facto merece uma particular atenção quer por parte dos outros cidadãos europeus, quer por parte das longínquas instituições europeias.
Esta revolta é também contra o pensamento único instalado na Europa que vai beber, em larga medida, ao Pacto de Estabilidade e Crescimento e ao pensamento económico alemão. Na Europa não se discutem alternativas, a receita já foi impingida aos cidadãos e o dogma parece inabalável, quando há pouco mais de um ano se veiculou a ideia de que era necessário combater a crise dando alguma margem ao cumprimento do referido pacto.
Hoje a conversa é outra, assenta nas mesmas políticas que deram origem a uma crise que foi consequência da gula desenfreada dos mercados financeiros. Hoje são os cidadãos, alheios à responsabilidade da crise que pagam a factura.
Mas talvez o mais grave seja a institucionalização do pensamento único e a quase total ausência de discussão e de troca de ideias. Pelo caminho as economias, principalmente as mais fragilizadas, vivem sobre o fantasma da recessão e do desemprego.
É claro que alguns Estados-membros têm a sua responsabilidade nas trapalhadas com as contas públicas e é necessária alguma contenção. Resta saber se as medidas draconianas não vão antes ter um efeito muito negativo nas economias Europeias. Certo é o aumento das dificuldades dos cidadãos, a tentativa de retirada de direitos sociais, o trabalho precário e o desemprego. Quanto ao crescimento económico da Europa e uma união, imbuída do espírito de solidariedade, para que a Europa no seu conjunto cresça e recupere parecem ser questões de somenos.
Neste contexto, a luta dos cidadãos franceses tem toda a legitimidade e deveria contar com a nossa solidariedade e com o nosso apoio.
Esta revolta é também contra o pensamento único instalado na Europa que vai beber, em larga medida, ao Pacto de Estabilidade e Crescimento e ao pensamento económico alemão. Na Europa não se discutem alternativas, a receita já foi impingida aos cidadãos e o dogma parece inabalável, quando há pouco mais de um ano se veiculou a ideia de que era necessário combater a crise dando alguma margem ao cumprimento do referido pacto.
Hoje a conversa é outra, assenta nas mesmas políticas que deram origem a uma crise que foi consequência da gula desenfreada dos mercados financeiros. Hoje são os cidadãos, alheios à responsabilidade da crise que pagam a factura.
Mas talvez o mais grave seja a institucionalização do pensamento único e a quase total ausência de discussão e de troca de ideias. Pelo caminho as economias, principalmente as mais fragilizadas, vivem sobre o fantasma da recessão e do desemprego.
É claro que alguns Estados-membros têm a sua responsabilidade nas trapalhadas com as contas públicas e é necessária alguma contenção. Resta saber se as medidas draconianas não vão antes ter um efeito muito negativo nas economias Europeias. Certo é o aumento das dificuldades dos cidadãos, a tentativa de retirada de direitos sociais, o trabalho precário e o desemprego. Quanto ao crescimento económico da Europa e uma união, imbuída do espírito de solidariedade, para que a Europa no seu conjunto cresça e recupere parecem ser questões de somenos.
Neste contexto, a luta dos cidadãos franceses tem toda a legitimidade e deveria contar com a nossa solidariedade e com o nosso apoio.
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