O Governo português aposta nas grandes obras públicas como forma de combater a crise internacional. Aliás, a mediocridade desta medida salta aos olhos de todos, embora primeiro-ministre se vanglorie com a alegada eficácia da medida. Mais grave é o facto da discussão sobre essas grandes obras públicas estar inquinada. Ora, o Governo socorre-se dos pacotes de medidas de outros países que também enveredam pelo caminho da construção para justificar a sua linha de governação, esquece-se contudo de discutir os inúmeros aspectos negativos das suas políticas. Afinal de contas, importa apenas fazer propaganda, rejeitando qualquer forma de troca de ideias. A grande medida do Governo é a aposta no investimento público, designadamente em obras públicas. A questão do endividamento do país e do cada vez mais difícil acesso ao crédito não são assuntos que mereçam a atenção do Executivo de José Sócrates. Por outro lado, o peso que os impostos têm nas contas das empresas e famílias são subvalorizadas ...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.