A notícia do Público que dá conta da ilegalidade dos pagamentos aos advogados de Fátima Felgueiras pela Câmara de Felgueiras é mais um sinal da degradação do próprio sistema democrático português, Quando se permite que dinheiros públicos sirvam para pagar autarcas acusados pela Justiça e com a agravante de o país ter assistido à fuga de uma autarca em particular, parece que perdemos o pouco pudor que tínhamos.
Esta situação da autarca de Felgueiras é sintomática de uma paulatina degradação da própria democracia portuguesa com a descredibilização da classe política à cabeça dessa degradação. Com efeito, não se deve incorrer em generalizações quando se fala da classe política. Há um pouco de tudo no espectro político português, mas os casos que se destacam naturalmente são precisamente os maus exemplos de autarcas e outros políticos que vivem na mais abjecta impunidade.
Ora, não se pode estar à espera que o país progrida e se desenvolva quando as suas instituições estão permanentemente em baixo de fogo. E quando a justiça tem dificuldades em responder peremptoriamente às situações que têm vindo a lume nos últimos anos está-se a criar duas situações: uma de desigualdade entre os cidadãos, quando parece haver uma classe Privilegiada e quase intocável - mesmo que isso não corresponda à verdade, é essa imagem que o país vê; e outra de descrença nas instituições democráticas - sobrando espaço para outros menos democráticos aparecerem.
A história contada pelo Público sobre o uso de dinheiros públicos para pagar honorários dos advogados da autarca de Felgueiras já não causa grande perplexidade. E nem a exigência de devolução desses dinheiros menoriza o assunto. Enquanto a noção de serviço público for praticamente inexistente, enquanto a sociedade civil permanecer na sua confortável inércia, o país vai-se afundando nesta amálgama de egoísmo e "chico-espertismo".
Esta situação da autarca de Felgueiras é sintomática de uma paulatina degradação da própria democracia portuguesa com a descredibilização da classe política à cabeça dessa degradação. Com efeito, não se deve incorrer em generalizações quando se fala da classe política. Há um pouco de tudo no espectro político português, mas os casos que se destacam naturalmente são precisamente os maus exemplos de autarcas e outros políticos que vivem na mais abjecta impunidade.
Ora, não se pode estar à espera que o país progrida e se desenvolva quando as suas instituições estão permanentemente em baixo de fogo. E quando a justiça tem dificuldades em responder peremptoriamente às situações que têm vindo a lume nos últimos anos está-se a criar duas situações: uma de desigualdade entre os cidadãos, quando parece haver uma classe Privilegiada e quase intocável - mesmo que isso não corresponda à verdade, é essa imagem que o país vê; e outra de descrença nas instituições democráticas - sobrando espaço para outros menos democráticos aparecerem.
A história contada pelo Público sobre o uso de dinheiros públicos para pagar honorários dos advogados da autarca de Felgueiras já não causa grande perplexidade. E nem a exigência de devolução desses dinheiros menoriza o assunto. Enquanto a noção de serviço público for praticamente inexistente, enquanto a sociedade civil permanecer na sua confortável inércia, o país vai-se afundando nesta amálgama de egoísmo e "chico-espertismo".
Notícia in Publico online: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1358600&idCanal=62
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