A democracia venezuelana, ou que o resta dela, sofreu nova derrota com a vitória do Presidente Hugo Chavéz no referendo deste domingo que permite recandidaturas automáticas e acaba com os limites de mandato. Os arautos do Presidente venezuelano dificilmente conseguirão ver nesta vitória de Chávez uma derrota da democracia venezuelana, afinal de contas esta vitória de Chávez é o resultado da vontade do povo, mesmo que pululem alegações de irregularidades no processo eleitoral.
Os amigos portugueses de Chávez dificilmente gostariam de ver uma situação semelhante em Portugal, mas como se trata desse grande democrata venezuelano, seguidor de Símon Bolívar, inimigo dos Estados Unidos, a situação passa a ser aceitável. Na verdade, não deixa de ser curioso o fascínio que um homem como Chávez provoca em alguns portugueses. Os argumentos estão reféns do suposto bem que Chávez tem feito ao povo venezuelano, em oposição à corrupção que reinava neste país da América do Sul. Outro argumento utilizado prende-se com o alegado desenvolvimento do país, pese embora os indicadores nem sempre corroborem esta tese.
Os constrangimentos à democracia são, para os amigos portugueses de Chávez, questões secundárias. Pouco interessa se o Presidente venezuelano, que, ironicamente, se considera um democrata de primeira linha, é avesso aos mais básicos princípios democráticos. De resto, é possível identificar dois tipos de amigos de Chávez: os ideológicos e os materialistas. Para os ideológicos a revolução bolivariana atrai e o antiamericanismo de Chávez dá-lhes alento e conforto; para os materialistas é petróleo que lhes dá a tão necessária sensação de conforto. Para uns e para outros, provavelmente pouco importa se a democracia venezuelana saia, uma vez mais, enfraquecida.
Resta saber como se terão sentido os amigos portugueses de Chávez quando souberam que este grande líder utilizou novamente a imagem de Portugal para suster a sua posição, mesmo que o Presidente venezuelano tenha faltado à verdade quando tentou estabelecer um paralelo, ao nível do tempo dos mandatos, entre Portugal e a Venezuela. Terão sentido orgulho ou uma vergonha embaraçosa? E como se sentirão com esta vitória do Presidente Hugo Chávez? Indiferença, embaraço ou regozijo?
Público Online: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1365349&idCanal=11
Os amigos portugueses de Chávez dificilmente gostariam de ver uma situação semelhante em Portugal, mas como se trata desse grande democrata venezuelano, seguidor de Símon Bolívar, inimigo dos Estados Unidos, a situação passa a ser aceitável. Na verdade, não deixa de ser curioso o fascínio que um homem como Chávez provoca em alguns portugueses. Os argumentos estão reféns do suposto bem que Chávez tem feito ao povo venezuelano, em oposição à corrupção que reinava neste país da América do Sul. Outro argumento utilizado prende-se com o alegado desenvolvimento do país, pese embora os indicadores nem sempre corroborem esta tese.
Os constrangimentos à democracia são, para os amigos portugueses de Chávez, questões secundárias. Pouco interessa se o Presidente venezuelano, que, ironicamente, se considera um democrata de primeira linha, é avesso aos mais básicos princípios democráticos. De resto, é possível identificar dois tipos de amigos de Chávez: os ideológicos e os materialistas. Para os ideológicos a revolução bolivariana atrai e o antiamericanismo de Chávez dá-lhes alento e conforto; para os materialistas é petróleo que lhes dá a tão necessária sensação de conforto. Para uns e para outros, provavelmente pouco importa se a democracia venezuelana saia, uma vez mais, enfraquecida.
Resta saber como se terão sentido os amigos portugueses de Chávez quando souberam que este grande líder utilizou novamente a imagem de Portugal para suster a sua posição, mesmo que o Presidente venezuelano tenha faltado à verdade quando tentou estabelecer um paralelo, ao nível do tempo dos mandatos, entre Portugal e a Venezuela. Terão sentido orgulho ou uma vergonha embaraçosa? E como se sentirão com esta vitória do Presidente Hugo Chávez? Indiferença, embaraço ou regozijo?
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