A frase em epígrafe parece ilustrar na perfeição as intenções, com objectivos claramente eleitoralistas, de José Sócrates. É popular dizer-se que se vai ao bolso dos ricos para ajudar os pobres. Em nome da equidade social, é claro que são os que têm mais a ter que oferecer mais, mas o discurso fácil do rico como "alvo a abater" é contraproducente e só cumpre objectivos eleitoralistas.
A pouco tempo das eleições, o discurso das obras faraónicas, o discurso do Governo moderno que fomenta a utilização de novas tecnologias, a retórica do tirar aos ricos para dar aos pobres (sim, a classe média tem vindo a empobrecer dramaticamente), é um discurso ao serviço da propaganda. Seria mais importante discutir os inevitáveis efeitos da construção de grandes obras públicas no endividamento do país, ou discutir o funcionamento de escolas sem o mínimo de condições, ou mesmo evitar saber "quem é rico e quem não é", deixando muitos portugueses que graças ao seu trabalho conseguiram fazer dinheiro. Com isto não se quer dizer que quem mais tem não tem de pagar mais. Pelo contrário. O que é desnecessário é o discurso persecutório, mesmo em resposta ao partidos da oposição.
Faça-se o que se tem a fazer, sem o recurso a discursos demagógicos e persecutórios, fazendo lembrar outros tempos. É claro que a tentação do discurso eleitoralista é mais forte, e no caso do primeiro-ministro, o discurso eleitoralista é-lhe tão natural que não lhe causará qualquer incómodo.
De um modo geral, o PS é exímio na tarefa de apresentar políticas, com pompa e circunstância, escapando porém à discussão dessas mesmas políticas. Dessa forma, é de uma maior proficuidade lançar umas frases fortes e sonantes, na esperança que as mesmas cheguem aos destinatários. É uma forma natural de se fazer política, dir-me-ão. Lamentável é que esta forma de fazer política, em que prevalece a forma em detrimento da substância e à margem do debate político, produza tão bons resultados.
A pouco tempo das eleições, o discurso das obras faraónicas, o discurso do Governo moderno que fomenta a utilização de novas tecnologias, a retórica do tirar aos ricos para dar aos pobres (sim, a classe média tem vindo a empobrecer dramaticamente), é um discurso ao serviço da propaganda. Seria mais importante discutir os inevitáveis efeitos da construção de grandes obras públicas no endividamento do país, ou discutir o funcionamento de escolas sem o mínimo de condições, ou mesmo evitar saber "quem é rico e quem não é", deixando muitos portugueses que graças ao seu trabalho conseguiram fazer dinheiro. Com isto não se quer dizer que quem mais tem não tem de pagar mais. Pelo contrário. O que é desnecessário é o discurso persecutório, mesmo em resposta ao partidos da oposição.
Faça-se o que se tem a fazer, sem o recurso a discursos demagógicos e persecutórios, fazendo lembrar outros tempos. É claro que a tentação do discurso eleitoralista é mais forte, e no caso do primeiro-ministro, o discurso eleitoralista é-lhe tão natural que não lhe causará qualquer incómodo.
De um modo geral, o PS é exímio na tarefa de apresentar políticas, com pompa e circunstância, escapando porém à discussão dessas mesmas políticas. Dessa forma, é de uma maior proficuidade lançar umas frases fortes e sonantes, na esperança que as mesmas cheguem aos destinatários. É uma forma natural de se fazer política, dir-me-ão. Lamentável é que esta forma de fazer política, em que prevalece a forma em detrimento da substância e à margem do debate político, produza tão bons resultados.
Notícia no Público online: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1364620&idCanal=23
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