O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, não foi capaz de resistir aos encantos do populismo na forma como lidou com as greves contra emigrantes a trabalharem no Reino Unido. Na verdade, Gordon Brown até começou por lidar sensatamente com as greves, qualificando-as de "indefensáveis". Mas perante os seus pares, acabou por proferir um discurso em que defendeu os empregos para os britânicos, esquecendo-se que essas palavras, ainda para mais vindas da boca do primeiro-ministro, podem potenciar novos problemas com trabalhadores emigrantes, legitimando também a ideia que o desemprego é consequência da existência de trabalhadores estrangeiros.
Numa altura em que a crise se traduz por um aumento assustador do desemprego, corre-se o risco de voltarmos a assistir a manifestações de nacionalismo exacerbado associado à xenofobia. De resto, é nestas alturas difíceis que a livre circulação de pessoas, bens e mercadorias no espaço comunitário torna-se irrelevante. A tentação de se sucumbir a várias formas de proteccionismo é enorme e seguramente muitos não resistirão.
A crise não se resolve com um regresso ao proteccionismo. De resto, muito se tem falado na necessidade da mudança de paradigma, mas isso não tem relação com a livre circulação de pessoas, tem antes a ver com os excessos do capitalismo e com a artificialidade associada a esses excessos. Precisamos de novas receitas para a crise, o que não significa um regresso ao proteccionismo.
A propósito de proteccionismo, Barack Obama, novo Presidente americano, também deu sinais negativos, mais uma vez no sentido do proteccionismo. Ao invés de se ponderar seriamente a tal mudança de paradigma, vamos caindo em ilusões rápidas como a defesa intransigente do emprego para os nacionais e outras formas de proteccionismo. A nossa dificuldade em aprender com os nossos erros é estonteante.
Numa altura em que a crise se traduz por um aumento assustador do desemprego, corre-se o risco de voltarmos a assistir a manifestações de nacionalismo exacerbado associado à xenofobia. De resto, é nestas alturas difíceis que a livre circulação de pessoas, bens e mercadorias no espaço comunitário torna-se irrelevante. A tentação de se sucumbir a várias formas de proteccionismo é enorme e seguramente muitos não resistirão.
A crise não se resolve com um regresso ao proteccionismo. De resto, muito se tem falado na necessidade da mudança de paradigma, mas isso não tem relação com a livre circulação de pessoas, tem antes a ver com os excessos do capitalismo e com a artificialidade associada a esses excessos. Precisamos de novas receitas para a crise, o que não significa um regresso ao proteccionismo.
A propósito de proteccionismo, Barack Obama, novo Presidente americano, também deu sinais negativos, mais uma vez no sentido do proteccionismo. Ao invés de se ponderar seriamente a tal mudança de paradigma, vamos caindo em ilusões rápidas como a defesa intransigente do emprego para os nacionais e outras formas de proteccionismo. A nossa dificuldade em aprender com os nossos erros é estonteante.
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