Em bom rigor, estava na altura do ministro das Finanças alemão falar sobre as finanças de Portugal. Até esta simples frase causa estranheza e incómodo. Assim, Shaüble, uma das figuras máximas da destruição europeia, afirma que Portugal ia no bom caminho até à entrada em funções do Executivo de António Costa. Com efeito, Passos Coelho e a sua ministra das Finanças já não tinham língua, tal como Schaüble já não tinha rabo de tão gastos. A capitulação, julgava o ministro das Finanças alemão, havia sido completa. De repente, trocam-lhe as voltas: um governo socialista em Portugal apoiado pelos partidos de esquerda qu,e não virando as costas às regras europeias, tem conseguido contorná-las, devolvendo – pasme-se! - rendimentos aos que haviam sido delapidados. Contrariamente ao falhanço grego que tanto agradou a Schaüble, Portugal apresentou uma solução exequível que não cai nos desejos do ministro alemão. É evidente que viver de superavits – à custa quer das regras europeias, qu...
Para a construção de uma sociedade justa e funcional é necessário que a política e que os políticos se centrem na consolidação de três elementos: a protecção do ambiente, o bem-estar social com a necessária eficácia económica e a salvaguarda do Estado democrático. No entanto, estamos a falhar clamorosamente o primeiro objectivo, o que faz com tudo o resto seja inexoravelmente sem importância.