Recordemos que Mossul, cidade
iraquiana, é o bastião do Daesh, berço do auto-proclamado Califado
e onde se julga estar Abdul Al-Baghdadi, também auto-proclamado
Califa. Mossul é uma das cidades a estar na origem do Califado. A
queda de Mossul e consequente expulsão e eliminação de membros do
Daesh é uma inevitabilidade e, aparentemente, uma boa notícia.
De um modo geral, o Daesh tem vindo a
sofrer duros reveses: perda de território, diminuição de receitas,
sobretudo daquelas que resultam da venda de petróleo.
Existe, inclusivamente, o
reconhecimento por parte da liderança do Daesh que a perda do Iraque
e da Síria (Califado) será mesmo uma inevitabilidade.
O que pode resultar desta claro
enfraquecimento? É aqui que tudo se complica. Com efeito, a
intensificação de ataques terroristas, mais concretamente no
Ocidente, é uma possibilidade real e que deve ser levada em conta.
Deste modo, e na óptica de muitos apoiantes do Daesh, a Jihad
prossegue. O palco de combate deixa de ser a Síria e o Iraque,
passando para o Ocidente, com maior intensidade.
A perda de Mossul e Raqqa poderia ser
o último estertor do Daesh, mas a perda de Mossul, Raqqa, Aleppo ou
Manbij não é consonante com a morte da visão radical subjacente
aos apoiantes do também apelidado Estado Islâmico.
Paralelamente e não menos importante,
resta também conhecer quantos países continuam a apoiar
sub-repticiamente grupos radicais.
Comentários