A escolha de António Guterres para o
importante lugar de Secretário-Geral das Nações Unidas representa um sinal de esperança. Com uma inaudita transparência esta é também uma vitória da diplomacia
portuguesa. Sem recurso a manobras de bastidores, António Guterres
acabou por ser escolhido, derrotando aqueles que, com recurso a
manobras pelo menos insidiosas, procuravam colocar no cargo mais uma
marioneta. Num processo que contou com a união de todos os órgãos
de soberania portuguesa, Guterres conseguiu a proeza de conseguir o
apoio de praticamente todo o Conselho de Segurança.
Assim, venceu aquele que melhor
representa os valores de uma organização como as Nações Unidas;
venceu o humanismo, e, deste modo, sentimos uma nova esperança , sendo que esta também é uma derrota do cinismo, disfarçado de
pragmatismo, de líderes como Angela Merkel. Uma derrota da Alemanha que altivamente julgava ser detentora de um poder que não existe fora da UE.
Até a Rússia, que chegou a anunciar o seu interesse numa candidatura encabeçada por uma mulher oriunda de leste, acabou por se render às
evidências.
Guterres é, sem qualquer margem para dúvidas,
o melhor representante do espírito das Nações Unidas. Um homem
bom; um homem de diálogo; um homem que representa a corrente dos princípios e dos valores, em
oposição ao cinismo e interesses tantas vezes alheios ao próprio interesse
do Homem. Durão Barroso, por exemplo, sabe bem do que falo.
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