Passos
Coelho acusa o Governo de António Costa de querer um país onde
"todos tenham pouquinho". Diz o poucochinho. Diz quem
sacrificou a classe média e os mais desfavorecidos; diz quem nunca
se preocupou com quem tem realmente pouco ou nada.
Há
ironias indisfarçáveis e assistir a quem sempre fez a apologia do
poucochinho, quem ajudou o país a ser ainda mais poucochinho, aos
olhos dos de cá como dos de lá, acusar os outros de quererem um
país repleto de quem tem pouquinho é risível.
Passos
Coelho anda desnorteado, sobretudo desde que deixou de ser
primeiro-ministro. Longe de ter o partido do seu lado, sobrevive
porque simplesmente ninguém quer o seu lugar, num contexto de
geringonça funcional e boa relação institucional da actual solução
política com o Presidente da República, pelo menos para já.
Passos Coelho anda sozinho, sem notáveis, sem Marco António
Costa, sem ninguém. Passos Coelho, o homem do poucochinho aparece
rodeado de meia-dúzia de anónimos, de cá para lá, fingindo que
esses movimentos são sinais de alguma vitalidade. Passos Coelho tem
os dias contados, mesmo que apregoe o contrário, não tem ninguém
que o corrobore.
Agora,
sem rumo, o antigo primeiro-ministro poucochinho enche a boca para
falar de pouquinho. O pouquinho na Saúde, Educação, Segurança
Social, salários e pensões têm um nome conhecido por todos e esse
nome não é António Costa
Comentários