Avançar para o conteúdo principal

O poucochinho enche a boca para falar de pouquinh

Passos Coelho acusa o Governo de António Costa de querer um país onde "todos tenham pouquinho". Diz o poucochinho. Diz quem sacrificou a classe média e os mais desfavorecidos; diz quem nunca se preocupou com quem tem realmente pouco ou nada.
Há ironias indisfarçáveis e assistir a quem sempre fez a apologia do poucochinho, quem ajudou o país a ser ainda mais poucochinho, aos olhos dos de cá como dos de lá, acusar os outros de quererem um país repleto de quem tem pouquinho é risível.
Passos Coelho anda desnorteado, sobretudo desde que deixou de ser primeiro-ministro. Longe de ter o partido do seu lado, sobrevive porque simplesmente ninguém quer o seu lugar, num contexto de geringonça funcional e boa relação institucional da actual solução política com o Presidente da República, pelo menos para já.  Passos Coelho anda sozinho, sem notáveis, sem Marco António Costa, sem ninguém. Passos Coelho, o homem do poucochinho aparece rodeado de meia-dúzia de anónimos, de cá para lá, fingindo que esses movimentos são sinais de alguma vitalidade. Passos Coelho tem os dias contados, mesmo que apregoe o contrário, não tem ninguém que o corrobore.

Agora, sem rumo, o antigo primeiro-ministro poucochinho enche a boca para falar de pouquinho. O pouquinho na Saúde, Educação, Segurança Social, salários e pensões têm um nome conhecido por todos e esse nome não é António Costa 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Mais uma indecência a somar-se a tantas outras

 O New York Times revelou (parte) o que Donald Trump havia escondido: o seu registo fiscal. E as revelações apenas surpreendem pelas quantias irrisórias de impostos que Trump pagou e os anos, longos anos, em que não pagou um dólar que fosse. Recorde-se que todos os presidentes americanos haviam revelado as suas declarações, apenas Trump tudo fizera para as manter sem segredo. Agora percebe-se porquê. Em 2016, ano da sua eleição, o ainda Presidente americano pagou 750 dólares em impostos, depois de declarar um manancial de prejuízos, estratégia adoptada nos tais dez anos, em quinze, em que nem sequer pagou impostos.  Ora, o homem que sempre se vangloriou do seu sucesso como empresário das duas, uma: ou não teve qualquer espécie de sucesso, apesar do estilo de vida luxuoso; ou simplesmente esta foi mais uma mentira indecente, ou um conjunto de mentiras indecentes. Seja como for, cai mais uma mancha na presidência de Donald Trump que, mesmo somando indecências atrás de indecências, vai fa

Outras verdades

 Ontem realizou-se o pior debate da história das presidenciais americanas. Trump, boçal, mentiroso, arrogante e malcriado, versus Biden que, apesar de ter garantido tudo fazer  para não cair na esparrela do seu adversário, acabou mesmo por cair, apelidando-o de mentiroso e palhaço.  Importa reconhecer a incomensurável dificuldade que qualquer ser humano sentiria se tivesse que debater com uma criança sem qualquer educação. Biden não foi excepção. Trump procurou impingir todo o género de mentiras, que aos ouvidos dos seus apoiante soam a outras verdades, verdades superiores à própria verdade. Trump mentiu profusamente, até sobre os seus pretensos apoios. O sheriff de Portland, por exemplo, já veio desmentir que alguma vez tivesse expressado apoio ao ainda Presidente americano. Diz-se por aí que Trump arrastou Biden para a lama. Eu tenho uma leitura diferente: Trump tem vindo a arrastar os EUA para lama. Os EUA, nestes árduos anos, tem vindo a perder influência e reputação e Trump é o ma

Normalização do fascismo

O PSD Açores, e naturalmente com a aprovação de Rui Rio, achou por bem coligar-se com o "Chega". Outros partidos como o Iniciativa Liberal (IL) e o CDS fizeram as mesmas escolhas, ainda que o primeiro corra atrás do prejuízo, sobretudo agora que a pandemia teve o condão de mostrar a importância do Estado Social que o IL tão avidamente pretende desmantelar, e o segundo se tenha transformado numa absoluta irrelevância. Porém, é Rui Rio, o mesmo que tem cultivado aquela imagem de moderado, que considera que o "Chega" nos Açores é diferente do "Chega" nacional. Rui Rio, o moderado, considera mesmo que algumas medidas do "Chega" como a estafada redução do Rendimento Social de Inserção é um excelente medida. Alheio às características singulares da região, Rui Rio pensa que com a ajuda do "Chega" vai tirar empregos da cartola para combater a subsidiodependência de que tanto fala, justificando deste modo a normalização que está a fazer de um pa