Torna-se
difícil escrever sobre as eleições presidenciais americanas, tendo
em consideração tudo o que Donald Trump tem dito e feito. Na
verdade, nunca foi fácil escrever sobre o ridículo, com a agravante
do ridículo poder passar a ser uma constante na Casa Branca.
Desta
feita, para além de uma multiplicidade de ataques pessoais
desferidos por ambas as partes, Trump foi ainda mais além afirmando
que se for eleito levará Hillary Clinton à prisão.
Paralelamente
ao debate e continuando na senda de ir mais além, Trump apareceu
numa espécie de conferência de imprensa com várias mulheres que
acusam Bill Clinton, marido da candidata democrata, de assédio
sexual, isto depois de ter surgido um vídeo em que Trump manifesta
toda a sua boçalidade e a sua tendência para ele próprio abusar de
mulheres.
Enfim,
a baixeza não conhece quaisquer limites e o Partido Republicano,
parte dele pelo menos, confronta-se com um candidato que mais não
faz do que conspurcar a imagem de um partido já de si pouco poluto.
Em rigor, o facto é que o Partido Republicano está a colher o que
semeou. Depois de décadas repletas de evangelistas, trapaceiro e com
a última invasão de apologistas do Tea Party, não se podia esperar
outro resultado diferente. De resto, Trump é fruto de um Partido
Republicano que há muito deixou as ideias e que há muito abandonou
o objectivo de estar do lado certo da história.
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