O Governo está disposto a ir ainda mais longe para evitar um
segundo resgate. A hipótese desse segundo resgate abre as portas a mais
austeridade, isto depois do FMI mostrar relutância quanto à aplicação de
algumas medidas do Governo português, sobretudo aquelas que passarão
pelo crivo do Tribunal Constitucional - o maior dos vilões.
Ora,
o FMI diz ser necessária mais austeridade (maior desvalorização
salarial e mais cortes no Estado Social), o FMI diz ainda não encontrar
alternativas às medidas eventualmente chumbadas pelo TC.
O
Governo português munido de um irrevogável Paulo Portas não conseguiu
renegociar a meta dos 4,5 por cento de défice, pelos vistos os
argumentos dessa grande instituição que já arruinou tantos países foram
mais fortes e convenceram o ja referido irrevogável Paulo Portas.
A
tese da inevitabilidade ganha força com a ideia de que se não
adoptarmos mais austeridade teremos um segundo resgate - uma
eventualidade (do meu ponto de vista é mais do que uma mera
eventualidade) que seria catastrófica para o país. Vale tudo e, como
tal, a morte lenta também vale.
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